O desenvolvimento do indivíduo começa na infância. É nesta fase da vida que a cultura lúdica, a comunicação, a ideia de limites e regras, a criatividade e a liderança podem estar reunidas em um simples ato: o de brincar.
A pesquisa “Valor de Brincar Livre”, realizada este ano pela Unilever, entrevistou mais de 12 mil pais em diversos países e concluiu que a família, instituições de ensino e sociedade precisam defender o direito de brincar da criança, pois isso influencia numa infância feliz, vida adulta sólida e no bom desempenho acadêmico.
Segundo a psicopedagoga especialista em clínica institucional, Miriam Manucci, coordenadora da Educação Infantil do Villa Campus de Educação, as crianças precisam brincar diariamente. “Desde a primeira infância é preciso estimular o faz de conta, deixar fluir a imaginação e a busca para conhecer a si mesmo. A cada fase, as crianças vão desenvolvendo suas habilidades, aprendendo a viver em sociedade e entendendo a existência de limites e regras na sociedade”, reforça.
A especialista alerta para a substituição das brincadeiras tradicionais pelo mundo digital. “Seja por comodidade ou falta de segurança, as famílias estão mais dentro de suas casas e com isso mantêm a individualidade utilizando cada vez mais as telas de celular e computador. Por isso alertamos que é fundamental criar possibilidades para que meninos e meninas possam interagir com outras crianças, utilizando brinquedos e jogos coletivos”, afirma Manucci.
“Muitas brincadeiras podem ser realizadas em casa. O importante é a valorização desse exercício físico, mental e artístico na infância para construirmos seres humanos mais criativos, confiantes, responsáveis e preparados para os desafios da vida adulta”, conclui a psicopedagoga Miriam Manucci.