A estrela do salão de Biaggi, o MG Hair Design, em São Paulo, é o colorista Juha Antero. É ele quem cuida da tintura dos fios de Fernanda Lima e Sabrina Sato. Luzes simples custam entre R$ 690 e R$ 850, mas as transformações mais radicais, daquelas que a cliente chega morena no salão e sai de lá praticamente platinada, chegam a valer R$ 2 mil. “É um trabalho artesanal e os produtos utilizados não são baratos”, explica Antero. “É um visual ostentação, sinônimo de sucesso. Nas novelas, quando a mocinha passa por uma virada e melhora suas condições de vida, geralmente ela fica loira.”
Tecnologia
Entre os produtos que justificam os altos valores, está a atual tecnologia preferida dos salões, a “plex”. A substância é responsável pelo clareamento do cabelo de uma maneira mais segura. Grosso modo, o ativo age junto ao descolorante, garantindo uma proteção maior do fio contra as agressões da química. A ação dele é mais veloz que a da água oxigenada, que costuma ressecar o cabelo. Assim, esse ativo do Olaplex (que é a marca mais conhecida) consegue garantir a proteção do fio durante a mudança da cor. Existe no mercado atualmente também o Fiberplex, da Schwarzkopf Professional, e o Blond Plex, da Olenka.
Dentro dos avanços na indústria da beleza, a L’Oréal Professionnel está lançando a linha Smartbond para proteger o cabelo durante coloração, descoloração e alisamento. “Essa linha age como um reforçador de pontes de hidrogênio, dissulfeto e iônicas dos fios por ser à base de ácido maleico, cerâmicas e polímeros. Quando eles são adicionados às misturas químicas, protegem o córtex e ligações dos cabelos contra os danos dos processos de transformação”, explica Aloisio Filho, coordenador da marca.
Entendeu a complexidade? “O nascimento de uma loira não é fácil nem para o profissional que executa, tampouco para a mulher que embarca nesse look”, comenta Aloisio. “O loiro saudável precisa ser muito bem cuidado, com hidratações nutritivas semanalmente.”
O lance é que se você quer descolorir de maneira a garantir a saúde dos fios, precisa, procurar um bom profissional e aceitar que a mudança exige investimento e paciência. Ou seja, nada de resolver se arriscar promovendo a mudança em casa, no espírito punk “faça você mesmo”, porque o máximo que conquistará será o visual “vassourinha”, com fios ressecados. “Outra falha gigante é querer ficar loiraça de uma vez só”, explica Biaggi. “Tem que ir aos poucos, fazendo mechas e mais mechas a cada visita ao salão.”
Outros cuidados
E o investimento não termina por aí. Arregace a carteira também para outros itens. “Hoje em dia, a pessoa precisa de três produtos em casa: xampus e máscaras também com a tecnologia ‘plex’, leave-ins que tenham aminoácidos, proteína e queratina em sua fórmula para garantir força aos fios, e emolientes como óleo de abacate, macadâmia ou argan para deixá-los mais sedosos”, indica Juha Antero. Biaggi complementa: “vale passar óleo de coco antes de dormir e retirá-lo no banho pela manhã”. Anotado, loira?
uol