Os escândalos envolvendo os airbags da marca Takata afetaram carros no mundo inteiro, mas um país em especial sofreu mais que todos: os Estados Unidos. Até o momento, 46 milhões de carros passaram pelo processo de reparação e substituição da peça desde 2008, mas, deste total, 29,9 milhões relataram que o problema não foi solucionado, segundo o senador norte-americano Bill Nelson, da Flórida; o número represente 65% do total.
O maior recall da história protagonizado pela marca japonesa, ganhou o nome de “airbags mortais”, e desde 2013 acarretou na troca de milhões de airbags espalhados pelo mundo. Em 2015, uma investigação encabeçada pelas montadoras afetadas descobriu que o nitrato de amônio, em contato com umidade e calor, produz rachaduras na carcaça metálica, fazendo com que, na hora de o airbag ser inflado, a bolsa saia com muita força, estilhaçando a peça e atirando pedaços de metal em todos os ocupantes do carro, principalmente o motorista, onde a pressão é maior. Há chances até de perfuração do crânio. Os Estados Unidos já registraram 16 mortes e cerca de 180 feridos.
Milhões de usuários aguarda o novo reparo, mas com a lentidão no processo, o país vê o risco de novos acidentes aumentarem cada vez mais. A Takata está sofrendo processos bilionários, só no mês passado ele teve que pagar 553 milhões de dólares para 16 milhões de clientes da BMW, Mazda, Subaru e Toyota só nos Estados Unidos. Só a Tesla, montadora de veículos elétricos norte-americana, teve 26 milhões de carros afetados, mas segundo eles, dois terços dos clientes já fizeram a reparação. Cada dia que passa o escândalo ganha mais capítulos e está logde de ter fim.
R7