Scarlett Johansson assumiu que está ciente sobre a existência do chamado “deepfake”, modalidade de vídeos que insere rostos de famosas em pornografia real com corpos de outras pessoas.
Em entrevista ao The Washington Post, ela comentou que sabe que existem filmes que utilizam o seu rosto, mas que, por uma questão de diferenças legais sobre direitos autorais pelo mundo, não pode fazer nada para barrar isso.
“Claramente isso não me afeta tanto, porque as pessoas assumem que não sou eu em um filme pornô, por pior que seja”, ponderou. “Eu acho que é uma luta inútil, legalmente, principalmente porque a internet é um vasto buraco de escuridão que se consome. Há muito mais coisas perturbadoras na teia escura do que isso, infelizmente. Eu acho que cabe a um indivíduo lutar por seu próprio direito à sua imagem, reclamar danos, etc”, explicou a atriz.
Scarlett disse que é até possível recorrer sobre o caso nos Estados Unidos, onde ela mora, mas que não adiantaria nada, pois outros países entendem os direitos autorais de outra maneira.
“Cada país tem seu próprio direito legal em relação ao direito à sua própria imagem, então, embora você possa derrubar sites nos EUA que usam seu rosto, as mesmas regras podem não se aplicar na Alemanha. Mesmo que você tenha imagens com direitos autorais e imagens que pertençam a você, as mesmas leis de direitos autorais não se aplicam no exterior. Eu tenho infelizmente estado nesta estrada muitas e muitas vezes. O fato é que tentar se proteger da internet e sua depravação é basicamente uma causa perdida, em sua maior parte. Nada pode impedir alguém de cortar e colar minha imagem ou de qualquer outra pessoa em um corpo diferente e fazer com que pareça tão estranhamente realista quanto desejado. Basicamente, não há regras na internet, porque é um abismo que permanece praticamente sem lei, suportando as políticas dos EUA que, novamente, só se aplicam aqui”, analisou.
Antes da onda de vídeos eróticos falsos, Johansson já havia sido vítima de um hacker que vazou fotos reais de várias atrizes de Hollywood. O homem foi localizado e condenado a dez anos de prisão. “A Internet é apenas mais um lugar onde o sexo vende e pessoas vulneráveis são atacadas”, finalizou Johansson.
R7