O Brasil brilhou no individual geral da ginástica artística e conquistou um feito inédito para o país. Caio Souza e Arthur Nory fizeram a dobradinha brasileira no pódio ficando, respectivamente, com as medalhas de ouro e prata nos Jogos Pan-Americanos, na noite desta segunda-feira (29), no Ginásio Villa El Salvador, em Lima, no Peru.
“Foi um alívio. Foram dois meses e meio desde a minha cirurgia (no tornozelo). Tudo que passei, de fortalecimento, tudo o que ralei para estar aqui… Nem sei o que falar, só agradecer a todo mundo. A gente só põe para fora o trabalho de muita gente”, afirmou Caio.
Caio Souza passou por cirurgia há dois meses e meio e quase ficou de fora do Pan. Agora, ele pode crescer de olho no Mundial da categoria em Stuttgart, em outubro. Já Nory, que foi medalha de bronze na Olimpíada do Rio 2016, passou por temporadas de seguidas lesões. Esta foi a primeira vez que ele se apresentou em todos os aparelhos desde os Jogos do Rio-2016.
“Essa medalha estava engasgada. A última vez que competi nos seis aparelhos foi na Olimpíada. É uma competição puxada. Eu chorei no canto com meu técnico no fim. Havia uma incerteza se eu viria ao Pan por causa do meu joelho. Depois que descobrimos o problema (ele tem condromalácia, um problema crônico degenerativo na cartilagem), uma força-tarefa foi feita. Só tenho a agradecer a todos. A gente não está sozinho”, disse Nory.
Para conquistar o ouro, Caio Souza somou 83,500 pontos no quadro geral. Arthur Nory ficou com a segunda colocação com 82,950. O canadenese Cory Paterson completou o pódio ao levar o bronze com 82,200.
Nesta terça (30), a partir das 15h, no horário de Brasília, Arthur Nory volta ao Ginásio Villa El Salvador para disputar a final no solo. Na quarta (31), no mesmo horário, ele e Caio Souza vão brigar por medalha nas barras paralelas. Mas Nory ainda disputa a final das barras fixas. Já na decisão das argolas, o campeão olímpico Arthur Zanetti estará no páreo junto com Caio Souza.
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