Apesar de grande parte das doenças cardiovasculares poderem ser evitadas com a adoção de hábitos saudáveis, as doenças do coração são as principais causas de morte no mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem anualmente por causa de doenças cardíacas. No Brasil, essa média chega a 350 mil.
A prevenção continua sendo primordial, e adotar um estilo de vida saudável pode fazer toda a diferença. “Ter uma dieta com pouco sal e pouca gordura, evitar o consumo do álcool, praticar exercício físico, manter-se longe do cigarro e estar de bem com a balança são dicas preciosas para quem quer estar com a saúde do coração em dia”, afirma o médico cardiologista da Diagnoson a+, Mozart Cardoso.
O cardiologista lembra, ainda, que o caminho para um coração saudável passa por uma avaliação médica regular e exames de rotina para observar o comportamento cardíaco, prever possíveis complicações e sinalizar recomendações aos pacientes. “Muitos sintomas são silenciosos e podem ser confundidos com outras doenças. A realização dos exames é fundamental para identificar riscos, investigar enfermidades e orientar sobre tratamentos adequados”, explica.
A seguir, listamos os principais exames que contribuem para o diagnóstico e o acompanhamento da saúde cardíaca:
Eletrocardiograma: contribui para encontrar alterações do ritmo cardíaco, bloqueios e até sinais de infarto do miocárdio. Com o paciente deitado, são posicionados eletrodos (colados na pele com um tipo de adesivo) que mostram o ritmo, a frequência dos batimentos e o trajeto que o impulso elétrico faz dentro do coração.
Holter: monitorização eletrocardiográfica durante 24 horas. O dispositivo portátil, acoplado ao paciente, faz o registro de toda atividade elétrica do coração durante um dia ou mais. O exame é importante para investigação de arritmias cardíacas e desmaios (síncopes).
Angiotomografia coronária: mos
Ecocardiograma com doppler: o exame é uma ultrassonografia cardíaca e serve para fornecer informações sobre o tamanho e a forma do coração, bem como sobre movimentos musculares e das válvulas cardíacas. Com ele, é possível ver como o coração contrai e relaxa, entre outros comportamentos. Auxilia na avaliação das artérias e veias da região do coração.
Cintilografia do miocárdio: serve para avaliar o fluxo de sangue nas artérias do coração. Para o exame, o paciente recebe material radioativo especialmente tratado para aderir ao músculo cardíaco (o miocárdio). A substância injetada em uma veia periférica sinaliza as áreas com fluxo normal de sangue e mostra onde o fluxo está insuficiente, permitindo ao médico encontrar áreas de diminuição do fluxo sanguíneo, caracterizando suspensão da irrigação sanguínea (isquemias) ou fibrose do miocárdio, ocasionados por obstrução arterial.
Mapa: a Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial serve para observar o comportamento da pressão arterial ao longo das 24 horas, a partir de um aparelho colocado na cintura e conectado por um tubo de plástico fino a uma braçadeira instalada no braço do paciente.
Teste ergométrico: avalia o sistema cardiovascular sob esforço físico e pode ser feito em esteira ou bicicleta. É um método muito útil para diagnosticar isquemia do miocárdio, arritmias e o comportamento da pressão arterial durante o esforço.
Exames de sangue: entre os principais estão o perfil lipídico (determinam as dosagens de colesterol total, HDL, LDL e triglicerídeos), glicemia (mede a quantidade de glicose no sangue), creatinina (avalia a saúde dos rins), ácido úrico e, a depender do caso, enzimas hepáticas.
Painel de Arritmias Hereditárias: os diversos tipos de arritmias hereditárias podem estar relacionados a mutações genéticas congênitas ou hereditárias. Este painel investiga os 35 genes mais ligados às arritmias frequentes para a confirmação genética dos sintomas ou identificação de risco dado o histórico familiar.
Painel de Hipercolesterolemia Familiar: o exame sequencia 10 genes relacionados às causas hereditárias para elevados níveis de colesterol, que podem resultar de mutações no gene do receptor de LDL, entre outros. A identificação precoce da condição no paciente e em seus familiares pode direcionar a um tratamento adequado e auxiliar na prevenção de eventos cardíacos futuros.