O Tarja Verde é um movimento da sociedade civil com o objetivo de tornar a capital baiana um território mais humanizado, inteligente e sustentável
Com a suspensão das atividades das principais cooperativas de resíduos recicláveis da cidade por conta da pandemia do Coronovírus, muitos catadores – que dependem dessa renda para sobreviver e sustentar as suas famílias – estão sem trabalhar. Com o objetivo de ajudar essa população a atravessar a crise, o Tarja Verde, um movimento sem fins lucrativos, que tem o propósito de tornar Salvador um território mais humanizado, inteligente e sustentável, organizou um financiamento coletivo para a compra de cestas básicas e materiais de higiene para doação a 436 famílias de catadores das ruas da capital baiana.
“Devido a pandemia, as máquinas das cooperativas estão todas paradas. Todo o material coletado não está sendo trilhado e o galpão está cheio. Pelo fator da segurança dos cooperados, muitos deles idosos, nós decidimos fechar o galpão”, conta Edmundo Góes, presidente da Cooperguary, cooperativa localizada em Periperi, subúrbio de Salvador.
A meta estabelecida pelo Tarja Verde é arrecadar R$ 50 mil reais em 30 dias. Em menos de 24 horas depois de lançada a campanha nas redes sociais nesta sexta-feira (27), cerca de 10 mil reais já haviam sido doados. O valor da doação pode ser a partir de 10 reais, mas qualquer outra contribuição acima dessa pode ser realizada, sendo que doando 120 reais é garantido uma cesta básica completa para uma família, com todos os itens necessários incluindo materiais de limpeza. Todas as informações sobre o financiamento coletivo estão na plataforma Catarse, por onde também estão sendo feitas as doações através do endereço https://www.catarse.me/leve_comida_para_quem_precisa_arrecadacao_de_cestas_basicas_para_catadores_em_salvador_6da7
Para Mayara Padrão, comunicadora e integrante do movimento Tarja Verde, é preciso deixar de ser ativistas de sofá e partir para ação, com resultados. “Pertencer a um coletivo que se engaja nas causas em que você acredita é a melhor forma de fazer isso. Pra mim, o ‘Tarja’ é uma oportunidade ajudar a construir uma nova consciência coletiva, fazendo a minha parte em direção ao alcance dos objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU”, frisa.