Muito falado ultimamente, o e-commerce se mostrou uma saída para manutenção de muitos negócios durante a pandemia do novo coronavírus. Com a necessidade de manter as lojas fechadas, quem já trabalhava com essa realidade do comércio virtual saiu na frente, enquanto de micro a grandes empreendedores precisaram investir nesse modelo para continuar existindo. Para esclarecer sobre como montar um e-commerce, a professora de Gestão e Negócios na pós-graduação da UNIFACS, Luciana Bandeira, explica o passo-a-passo.
E-commerce ou comercio eletrônico é a denominação para as transações comerciais (compra e venda) de produtos e serviços totalmente realizadas pela internet, desde a escolha do produto pelo cliente até a finalização do pedido com o pagamento. “O e-commerce oferece a conveniência, preços competitivos, diversas modalidades de entregas e meios de pagamento, variedade de produtos e disponibilidade. Potencializa também parcerias, desenvolvimento de capital de risco, promovendo maior agilidade e produtividade”, afirma Luciana.
Segundo ela, uma boa opção para quem nunca lidou com comércio na internet é iniciar o negócio pelas redes sociais. “Esta opção possui grandes vantagens tais como gratuidade, acessibilidade com rapidez e facilidade, além de possuir um público expressivo. Recomenda-se também fazer um curso de Marketing Digital, a fim de apropriar-se melhor do conteúdo que passará a fazer parte da essência do seu negócio”, sugere.
Modelos de e-commerce
Há três possíveis modelos ao montar um negócio na internet, que pode ser uma loja virtual (site criado pelo vendedor para expor e comercializar produtos), Marke
“As redes sociais facilitam e são excelentes opções para a divulgação e interatividade, todavia, as etapas de compras, aquisições e contratações concretizam-se quase que, exclusivamente, através dos sites empresariais”, explica. Ela ainda ressalta que a criação de sites fortalece a marca da empresa e que ambas contribuem para o crescimento do negócio.
Passo-a-passo
Segundo a professora Luciana Bandeira, quem deseja montar o seu negócio deve seguir o passo-a-passo:
- Defina seu produto e público;
- Escolha uma plataforma para e-commerce;
- Configure opções de pagamento;
- Organize a loja;
- Desenhe o Checkout;
- Elabore campanhas de Marketing Digital;
- Monitore seus resultados;
- Instalar mecanismos de antifraude e segurança;
- Observe a legislação do e-commerce (Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990)
Plataformas
Quanto à escolha da plataforma, ela chama a atenção para o fato de existirem três tipos de plataformas no mercado: gratuitas, de código fonte aberto e pagas. “As gratuitas são muito limitadas e não permitem que você customize sua página. As de código de fonte aberto são gratuitas, mas demandam que você tenha conhecimentos específicos da plataforma ou contrate especialistas. Além de o distribuidor não oferecer suporte. Já as pagas costumam ter suporte de qualidade e oferecem a possibilidade de customizar a plataforma, mas cobram uma porcentagem da sua receita”, explica.
Pagamentos
Luciana bandeira elenca três maneiras de receber pagamentos online (intermediadores de pagamentos; gateways de pagamento e integração direta com a adquirente). Optar por uma delas vai depender do nível de conhecimento e da realidade de cada lojista. São elas:
Intermediadores de pagamentos – De acordo com a professora, configuram-se como a solução mais recomendada para quem está iniciando uma loja virtual por serem mais simples de utilizar do que as outras opções (tanto do ponto de vista técnico, quanto do de negócios). Também ajudam os lojistas em duas frentes: assumem o risco de fraude e fazem o adiantamento de recebíveis. Os intermediadores costumam cobrar uma taxa fixa por transação acrescida de um valor variável sobre o valor da venda.
Gateways de pagamento – Os gateways oferecem soluções mais robustas de pagamentos e garantem conexões mais estáveis com as redes de adquirência (como Cielo e Redecard). Diferentemente dos intermediadores, cobram apenas uma taxa fixa por transação – o que torna uma solução mais barata.
Integração direta com a adquirente – Assim como com o gateway de pagamento, nesta modalidade o contato com o adquirente é direto, possibilitando negociar taxas. Além disto, é possível ter controle de toda a experiência do usuário.
Clientes
Para captação de clientes, Luciana indica utilizar estratégias e ferramentas como marketing de conteúdo, redes sociais, Google Adwords e e-mailing marketing. “Caso você não domine essa área, o ideal é ter alguém que possa fornecer esse serviço para você. Além disso, é importante estabelecer ações de pré e de pós-vendas, observando sempre a lei do e-commerce”, recomenda.
Processos
Depois de ter montado a loja, é hora de começar a vender. A professora Luciana elencou processos básicos que devem ser observados no dia-dia para o funcionamento adequado de um e-commerce, para que cliente e lojista fiquem satisfeitos com a experiência:
- Receber o pedido de vendas que foi gerado na plataforma;
- Verificar os pagamentos (boletos, cartões, depósitos bancários etc);
- Separar as mercadorias do pedido e conferir a separação (picking);