O cabeleireiro Rauan Pereira dos Santos, de 29 anos, que foi atacado brutalmente com facadas e pedradas no bairro de Vila Ruy Barbosa, em Salvador, teve melhora no quadro de saúde e já está respirando sem ajuda de aparelhos.
As informações foram confirmadas ao G1 nesta quarta-feira (18) pela irmã da vítima. Rauan está internado no Hospital Geral do Estado (HGE). Ainda segundo Naiara Pereira, ele está consciente e passou a respirar sozinho na terça (17).
“Meu irmão está melhorando, graças a Deus. Ele já está respondendo tudo. Ainda não está falando, mas já responde com a cabeça. Teve um pouco de febre, por causa da pneumonia, mas está melhorando bem e vai sair dessa logo, logo”, disse Naiana confiante.
Na quinta-feira (19), completa um mês que Rauan foi atacado dentro da própria casa. O jovem teve todos os ossos da face quebrados e pulmões perfurados. Na última sexta-feira (13), o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou um dos suspeitos de atacar Rauan. O outro é menor de idade.
O inquérito policial foi concluído em 29 de outubro e indiciava o suspeito por tentativa de latrocínio, que é quando um suspeito tenta matar alguém para roubar os pertences dela.
O homem, identificado como Erisson Tiago dos Santos Silva confessou o crime. Ele foi preso em 24 de outubro, quatro dia após o crime, teve prisão preventiva decretada no dia 26 e segue preso.
Não há detalhes sobre o andamento da situação do adolescente de 16 anos, apreendido com Erisson, e suspeito de participar do crime.
Caso
Rauan foi agredido com facadas e pedradas na madrugada do dia 20 de outubro, dentro da casa onde mora, no bairro Vila Ruy Barbosa.
Os suspeitos, na época, alegaram que agrediram Rauan porque ele não teria pagado o dinheiro de um programa, feito pelos dois. Essa versão, entretanto não consta no inquérito do caso.
Os vizinhos de Rauan contaram que ouviram muitos gritos durante o ocorrido. Segundo a vizinhança, não foi a primeira vez que os dois suspeitos estiveram no local. Antes de se tornar cabeleireiro, Rauan já foi modelo fotográfico, posou em revistas e participou de comerciais.
A família disse que ele sempre teve talento pra cuidar de cabelo, maquiagem, trabalhou em salão de beleza, mas ficou desempregado durante a pandemia da Covid-19 e estava decidido a ir morar em Portugal.
Os planos e preparativos para a viagem, que envolviam uma estadia em São Paulo, foram interrompidos pelo crime brutal. A família do cabeleireiro fez uma campanha nas redes sociais, onde divulga o caso, em busca de justiça.
G1