A vacina anticovid da farmacêutica norte-americana Novavax, chamada de NVX-CoV2373, é aplicada em duas doses, com intervalo de três semanas. O imunizante apresentou eficácia de 90,4% em um estudo realizado com 29.960 voluntários nos Estados Unidos e no México. Já contra casos graves e moderados, a eficácia sobe para 100%. Todos os dados são do fabricante.
Apesar do resultado expressivo, a vacina ainda fica atrás da Sputnik V, que possui 97,6% de eficácia geral (de prevenir a doença), do imunizante da Pfizer, que tem mais de 95%, e da vacina da Moderna, que tem 94,1%.
Segundo a farmacêutica, a NVX-CoV2373 também apresentou 86,3% de eficácia contra a variante Alfa, identificada primeiramente no Reino Unido. Em relação à cepa Beta, originária da África do Sul, os estudos de fase 2 da vacina no país mostraram que a proteção é de 48,6%.
Diferentemente de todas as outras vacinas desenvolvidas contra a covid-19, a da Novavax é projetada por meio da tecnologia de nanopartículas recombinantes, que utiliza fragmentos da proteína spike do coronavírus para induzir o corpo a produzir resposta imune.
O imunizante pode ser armazenado em temperaturas de -8º C a 2 °C, permitindo o uso da logística já existente para armazenamento e distribuição de vacinas. Cada frasco contém 10 doses para uso.
A vacina ainda está em fase de conclusão de testes e não foi aprovada em nenhum país. Em nota divulgada em seu site, a farmacêutica afirmou que pretende solicitar as autorizações regulatórias no terceiro trimestre deste ano.
“Mediante aprovações regulatórias, a Novavax permanece no caminho certo para atingir a capacidade de fabricação de 100 milhões de doses por mês até o final do terceiro trimestre e 150 milhões de doses por mês até o final do quarto trimestre de 2021”, diz o comunicado.
Além disso, a Novavax anunciou, no dia 11 de junho, que está desenvolvendo uma nova vacina dirigida contra a variante Beta e que testes realizados com camundongos mostraram que o novo imunizante é altamente imunogênico e produziu anticorpos neutralizantes.
“Este trabalho demonstra que as vacinas variantes que protegem contra essas novas cepas emergentes têm o potencial de ser altamente eficazes e podem produzir uma proteção mais ampla contra as variantes que conhecemos e aquelas que surgirão no futuro. Os ensaios clínicos fornecerão mais evidências sobre a eficácia das vacinas variantes”, disse Matthew Frieman, professor Associado de Microbiologia e Imunologia da Escola de Medicina da Universidade de Maryland, que colaborou nesses estudos, por meio de nota.
R7