As condições precárias em que se encontra o Terminal Hidroviário de São Tomé de Paripe, no subúrbio de Salvador, preocupa quem utiliza o equipamento diariamente. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) já entrou com uma ação para pedir melhorias no transporte marítimo entre São Tomé de Paripe e Ilha de Maré. Mesmo desativado por falta de infraestrutura, o Terminal continua fazendo travessias e oferecendo riscos à segurança dos usuários.
A notícia chamou a atenção dos especialistas do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia da Bahia – IBAPE-BA, que destacaram a necessidade da importância de se fazer manutenções periódicas nas edificações e equipamentos públicos e privados, que sofrem desgastes com tempo e uso. “Um plano de manutenção adequado prorroga a vida útil dessas estruturas e reduz custos com recuperação. No Terminal temos a influência do ambiente marinho, o que é ainda mais preocupante”, alerta o engenheiro civil e vice-presidente do Ibape, André Tavares.
Ele observa que Salvador tem a Lei Municipal 5.907 de 2001, que dispõe sobre manutenção preventiva e periódica das edificações e equipamentos públicos ou privados. “Essa lei não pode ser esquecida, o seu cumprimento interfere na segurança da sociedade”.
A legislação prevê ainda que os equipamentos deverão passar periodicamente por vistorias e manter os laudos técnicos das vistorias em local franqueado ao acesso da fiscalização municipal.