A Câmara Municipal de Salvador analisa o projeto de lei 83/2022 para votação que determina a criação de banheiros inclusivos para a população autista em locais de grande circulação, além de instituições de ensino de qualquer nível. A proposta sinaliza o avanço dos direitos das pessoas com algum grau do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
No próximo sábado (18), é celebrado em todo o mundo o Dia Mundial do Orgulho Autista, que chama a atenção a disseminação de informações sobre as características únicas das pessoas com autismo. O distúrbio de neurodesenvolvimento que se manifesta através da dificuldade de interação social, comportamentos repetitivos e desenvolvimento atípico. Segundo dados da CDC (Center of Deseases Control and Prevention), existe mundialmente um caso de autismo para cada 100 pessoas, e baseado neste cálculo é mensurado que atualmente no Brasil vivem cerca de 2 milhões de autistas.
O autor do projeto da Casa Legislativa da capital baiana, Joceval Rodrigues (Cidadania) afirma que é inadmissível não lutar por adequações que atendam a todos enquanto sociedade. “Datas como essas fortalecem a reflexão e a compreensão sobre as especificidades do espectro das pessoas com autismo. Também chamam a atenção sobre as condições que a nossa sociedade e o nosso Estado oferecem a essas pessoas e suas famílias. Não há mais espaço para atitudes exclusivas com ninguém. Temos recursos e tecnologias que nos colocam na posição de sermos responsáveis para o bem-estar do próximo, coloquei à disposição esse projeto e pretendo seguir adiante pela causa, não só em Salvador, mas em toda a Bahia”.
O projeto segue em tramitação na Câmara Municipal de Salvador para sanção.
Dia Mundial do Orgulho Autista
Criada em 2005, a comemoração tem a intenção de demonstrar à sociedade que o autista não tem uma doença, mas apenas apresenta condições e características especiais que trazem desafios e também recompensas aos seus familiares e à comunidade.
O autismo é um transtorno de desenvolvimento que leva a um deficit, em maior ou menor grau, em pelo menos uma das seguintes áreas: interação social, comunicação e comportamento. Não tem causa definida ou conhecida, mas já se sabe que influências genéticas e ambientais, ainda no desenvolvimento do bebê, desde o útero, podem estar ligadas ao diagnóstico.