Roberto Carlos vetou o uso da música “Amada Amante”, lançada em 1971, para um documentário sobre crimes financeiros que está sendo produzido pela Netflix.
A doleira Nelma Kodama, presa pela primeira vez em 2014, quando tentava embarcar para Milão, na Itália, com 200 mil euros escondidos na calcinha, citou a canção durante um interrogatório feito pela CPI da Petrobras, em 2015.
À época, ela havia sido acusada de participar de um esquema de lavagem de dinheiro com o doleiro Alberto Youssef e falou sobre a canção para explicar sua relação afetiva com ele.
“Amante é uma palavra que engloba tudo, né? Amante é esposa, amante é amiga”, disse ela. “Tem até uma música do Roberto Carlos: a amada amante, a amada amante. Não é verdade? Quer coisa mais bonita que ser amante? Você ter uma amante que você pode contar com ela, ser amiga dela.”
O depoimento foi divulgado nas redes sociais e nos jornais mas, em um filme com lançamento comercial, como o documentário para Netflix, a lei brasileira exige que o compositor dê uma autorização prévia para o uso da música.
“A música seria usada para ilustrar as cenas de uma mulher estelionatária que já havia sido presa. Roberto não libera mesmo”, informou ao Estadão a assessoria de imprensa do artista.
Bahia Notícias