As festas acabaram e com elas as comilanças e as boas (para quem?reuniões de fim de ano. Há os encontros familiares e também as de amigos e das empresas, que, por praticidade e economia, marcam celebrações dentro de restaurantes. O grande problema (para os outros clientes) é quando o restaurante não é fechado especificamente para este fim.
No fim de dezembro fui com um amigo que mora fora ao tradicional Restaurante Taberna Soleares do Centro Espanhol. A comida continua do jeito que eu lembrava: ótimas tortilha e paella (durante a semana eles também servem pratos individuais a preços bem razoáveis), serviço okay e preço justo, mas o ambiente, pelo amor de Deus… Dá vontade de sair de lá correndo tamanho o barulho (só não fui em respeito ao grupo). Acústica péssima! Estilo salão de festas de prédio residencial. O que ajudava a piorar a situação eram duas confraternizações de senhores acima dos 50 regadas a muito uísque importado.
Entendo a alegria, entendo o motivo das comemorações, mas não entendo nem porque pela alegria senhores possam se comportar pior do que adolescentes ou porque o restaurante não investiu na acústica do espaço. Não consegui obter a informação se estas já são as instalações definitivas da Taberna, que, desde que o Centro Espanhol vendeu parte de seu terreno e passou por uma renovação, vem usando da criatividade para se manter em funcionamento. Isso considero louvável. Só não concordo em não contratar um profissional especializado para dar uma solução, ainda que temporária, para este grande inconveniente do barulho. Até que se resolva tal questão a Taberna Soleares está riscada do meu caderninho. Uma ótima sugestão de comida espanhola (para quem é menos tradicional e curte sair à noite) é a La Taperia, no Rio Vermelho. Comida espanhola incrível e inventiva. Minha experiência por lá é papo para outro dia.
Fotos: Larissa Ramos