Segundo senadores que articulam ativamente a instalação da CPI da Covid no Senado, o adiamento da instalação da comissão de inquérito para a terça-feira, 27, não terá impacto sobre a escolha de Renan Calheiros (MDB/AL) para a relatoria. “Pode espernear o quanto quiser, Renan vai ser o relator”, declara o senador Otto Alencar (PSD/BA), responsável por conduzir a sessão de instalação em que haverá a eleição, em votação secreta, do presidente e do vice-presidente da CPI.
Por acordo, há maioria de voto entre os 11 integrantes titulares da CPI para que estes cargos sejam ocupados pelos senadores Omar Aziz e Randolfe Rodrigues, respectivamente. A indicação do relator é atribuição exclusiva do presidente eleito da CPI, o que normalmente é feito com aval da maioria dos integrantes da comissão de inquérito. “O G7 já confirmou que será Renan”- diz fonte ligada ao emedebista, numa alusão ao apelido dado ao grupo de senadores de oposição ou independentes que formam a maioria da CPI.
O blog apurou que o adiamento da instalação da comissão de inquérito está relacionado à sanção do orçamento de 2021, previsto para esta quinta, que confirmará o repasse de emendas aos parlamentares, conforme acordo firmado nesta segunda-feira. A justificativa oficial para que o início dos trabalhos fique para a terça, 27, é de que o espaço para sessões presenciais da CPI, a sala da CCJ, precisa ser preparado, bem como outras medidas sanitárias, adotadas, para a prevenção ao contágio da Covid-19. “Já perdemos três colegas e funcionários para esta doença. Este é um fator que precisa ser levado a sério”, ressalta o senador Otto Alencar, que é médico de formação.
R7