Daniel Dias nada, firme e forte, para ser o maior nadador da história dos Jogos Paralímpicos. Na noite desta segunda-feira, no Estádio Aquático Olímpico, o brasileiro conquistou sua segunda medalha de ouro no Rio 2016 ao vencer a final dos 50 metros S5 com o tempo de 32s78, bem à frente do chinês Thanh Tung Vo (33s94) e do norte-americano Roy Perkins (34s42).
Esta foi simplesmente a 20ª medalha da carreira de Daniel Dias como paratleta, e ele está a apenas quatro de ultrapassar o feito do australiano Matthew Cowdrey, que conquistou 23 medalhas entre Atenas 2004 e Londres 2012 e é o maior medalhista da natação na história dos Jogos. Ele não compete no Rio 2016.
Historicamente, Daniel Dias tem 12 medalhas de ouro, seis de prata e duas de bronze. Já os australiano tem 13 de ouro, sete de prata e três de bronze. O brasileiro ainda compete em quatro provas no Rio 2016, e caso suba ao pódio em todas elas será o maior medalhista da natação Paralímpica em todos os tempos.
A prata!
Dona do melhor tempo antes da final dos 50 metros livre na mesma categoria S5, a brasileira Joana Silva (37s13) perdeu o ouro da prova nas braçadas finais para a chinesa Li Zhang, que fechou a prova com 36s87. O bronze ficou com a tcheca Bela Trebinova, que terminou a prova com 37s37.
Primeiro bronze
André Brasil em ação na piscina Paralímpica: medalha de bronze e comemoração. (Foto: Rio 2016/Alexandre Vidal)
O nadador brasileiro Paralímpico André Brasil conquistou a medalha de bronze nos 100 metros borboleta S10 somando assim sua 11a medalha na história dos Jogos Paralímpicos. O ouro e prata ficaram nas mãos dos ucranianos Denys Dubrov e Maksym Krypak, respectivamente.
O carioca de 32 anos faturou, enfim, a sua primeira medalha atuando em casa e contou com o apoio da torcida, principalmente nos 50 metros finais. O público vibrou muito com a sua primeira medalha no Rio de Janeiro. Daniel fechou a prova com o tempo de 56s59, atrás de Krypak (54s90) e o próprio Dubrov, que com 54s71 é o novo recordista mundial da prova.
A medalha de André Brasil vem após algumas frustrações iniciais, principalmente nos 50 metros livre S10, prova do qual é recordista mundial, e tem dois ouros Paralímpicos, mas que terminou a final apenas em quarto lugar. Mesma posição em que terminou os 100 metros costas S10. Ele acabou ainda desistindo dos 200m medley S10.
Bastante emocionado com o apoio da família nas arquibancadas, o paratleta brasileiro disse ao SporTV que “a gente é feito de sonhos na vida, se a gente parar de sonhar, a gente morre”, sobre o fato de ter sempre contado com o apoio da família para chegar à mais uma conquista. “Papai e mamãe, obrigado. Filho, um dia você vai entender porque o papai não está em casa”.
Segundo bronze
Quem também vibrou com medalha na noite desta segunda-feira foi Talisson Glock, que faturou o bronze no medley SM6 – a prata ficou com o chinês Jia Hongguang, e o ouro, com o britânico Sascha Kindred. A medalha veio após uma decisão da arbitragem, que desclassificou o colombiano Nelson Crispin, que havia ficado em terceiro lugar.
“Ele já tinha sido desclassficiado no Parapan (de Toronto) no ano passado”, explicou Glock em entrevista após a confirmação do seu bronze. “Eu não nadei pensando em minha medalha, foi de longe a minha melhor marca do ano, e a consequência disso é a medalha, estou muito feliz”, completou o nadador.
Glock em suas braçadas finais antes de ser confirmado no terceiro lugar (Foto: Rio 2016/Alexandre Vidal)