As aulas do programa de capacitação dos conselheiros de políticas culturais de Salvador para o biênio 2024-2026 começaram, de forma online, nesta terça-feira (1º). Estruturado em três módulos, totalizando 55 horas/aula, o curso acontece até o dia 30 de novembro, com atividades majoritariamente virtuais, oficinas e rodas de conversa, buscando garantir um diálogo amplo e contextualizado sobre gestão e políticas culturais.
A formação trabalha com os temas: interlocuções no campo da cultura; sistemas e políticas culturais; e diálogos entre o poder público e os conselheiros. As atividades contarão ainda com oficinas práticas, buscando desenvolver habilidades de colaboração e comunicação entre os conselheiros.
Nesta terça ocorrerá a primeira oficina, “Conselho de Cultura Hoje”, em formato virtual, e marcará o início do programa, explorando as expectativas dos novos membros.
Na quarta-feira (2), às 17h, acontece a aula inaugural de forma presencial, na sede da Fundação Gregório de Mattos (FGM), na Barroquinha, com o tema “Promoção da Diversidade, Inclusão e Participação Social: que desafios o Conselho de Cultura de Salvador pretende assumir?”.
A programação inclui ainda atividades complementares, rodas de conversa, apresentando uma oportunidade para fortalecer o papel do Conselho de Políticas Culturais de Salvador (CMPC) e contribuir para o desenvolvimento do segmento, com inclusão e equidade.
Alcance – O curso está aberto para todos os conselheiros da sociedade civil e do poder público empossados para esta gestão, correspondente ao biênio 2024-2026, bem como candidatos dos territórios e setores validados para a eleição suplementar, a ser convocada ainda em 2024, somando aproximadamente 60 indivíduos.
Chefe de Assessoria Estratégica de Gestão da FGM, Júlio Marques explica que a capacitação e formação para os conselheiros visa qualificar e potencializar o debate público sobre a política cultural do município, realizado pela fundação há 12 anos.
“O conselho é um componente fundamental, que já se encontra na quinta gestão, alcançando mais de 100 sessões ordinárias e fazendo valer o pacto de participação da sociedade civil em curso. Nossa expectativa e nosso objetivo é estabelecer um novo patamar dentro da janela de oportunidades que temos a partir da política nacional Aldir Blanc, assim como na Lei Paulo Gustavo. O que buscamos do debate público com essa capacitação das lideranças que representam os conselheiros é um aumento bastante significativo”.
Romário Almeida, presidente do Conselho Municipal de Política Cultural, lembra que “a formação é fundamental para qualificar o trabalho dos conselheiros de cultura, dada a relevância do órgão para a definição das diretrizes das políticas culturais do município e a fiscalização do cumprimento das mesmas”.
Nesse sentido, um espaço para aprimorar os conhecimentos sobre políticas culturais, sistema de cultura e participação e controle social é imprescindível para o sucesso dessa engrenagem.
Sinergia – Cineasta, pesquisadora e conselheira, Edyala Yglesias entende a formação como a tradução de uma visão interessante do poder público de se colocar como facilitador do encontro entre os mais diversos segmentos de produtores e/ou ativistas culturais, artistas, que formam a cultura de Salvador.
“É fundamental, a meu ver, ter esse reconhecimento do poder da cultura, e de sua dimensão simbólica como elemento estruturante do desenvolvimento, econômico e social, de território urbano com a nossa história. Vejo o curso como uma oportunidade para nós, participantes do CMPC 2024-2026, compartilharmos nossas visões sobre o lugar fundador que Salvador tem no que é ou possa ser entendido como ‘cultura brasileira’, para levarmos adiante a polifonia de sons e cores que a Bahia representa e que nos constitui como cidadãos”.
Foto: Heder Novaes/ Ascom FGM