“A nova tecnologia amplia a capacidade mundial de diagnóstico, início rápido de tratamento e de isolamento dos doentes e contactantes”, disse Sidney Klajner, médico e presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.
Desta forma, o exame pode ser uma alternativa para a testagem da doença em larga escala. A previsão é de que esteja disponível para entrar na rotina do laboratório do hospital paulistano dentro de três semanas.
A análise dos resultados do exame é realizada por meio de uma plataforma de bioinformática chamada Varstation, também criada pelo hospital. Segundo o bioinformata Murilo Cervato, um dos responsáveis pela patente no Einstein, os resultados ficam prontos em três dias, mas as equipes já trabalham para reduzir este prazo.
A coleta é feita por hastes flexíveis em contato com a saliva ou região nasal. Na sequência vem a obtenção do material genético do vírus (o RNA), que leva cerca de 30 minutos, com o uso de reagentes de acordo com protocolo feito pelo Albert Einstein.
Em seguida, para amplificar o material genético, os cientistas usam uma enzima para transformar o RNA do vírus em DNA complementar, chamado de cDNA.
Para a fase de biblioteca de sequenciamento, utilizam-se de fitas simples de DNA (os primers universais) para ajudar na amplificação do material genético em 100 milhões de vezes. No sequenciamento do DNA, se determina a sequência de letras que compõem o genoma completo do vírus.
Por fim, a análise dos dados é feita em uma ferramenta também desenvolvida pelo hospital paulistano, por meio de uma sequência de instruções computacionais, compostos por um algoritmo de inteligência artificial que identifica os pacientes e seus respectivos resultados, que saem em até três dias.
R7