O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), define nesta quarta-feira (6) a nova taxa de juros básicos da economia brasileira. A previsão do mercado financeiro é de que seja estabelecido o 8º corte seguido da Selic.
No último encontro do grupo, no final de julho, uma decisão unânime reduziu da taxa em 1 ponto percentual, a 9,25% ao ano.
Economistas ouvidos semanalmente pelo BC apostam que o Copom deve manter o ritmo de redução da Selic e cortar a taxa em 1 ponto percentual, para o patamar de 8,25% ao ano, o que representaria a menor taxa de juros desde maio de 2013.
Caso as expectativas sejam confirmadas e a Selic recue, a sinalização é de que a economia brasileira está voltando à estabilidade após a crise que atravessou o País.
Juros básicos
A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.
Em linhas gerais, a Selic é taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.
A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%. Isso acontece porque os juros mais altos fazem o crédito ficar mais caro, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.
R7