O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 28 anos, apontado como serial killer, enfrenta o 15º júri popular nesta segunda-feira (19), em Goiânia. Desta vez ele responde pela morte do segurança Aleandro Santos Miranda, de 35 anos, morto a facadas em novembro de 2011 na guarita da empresa em que trabalhava, na capital.
A sessão está prevista para começar às 8h30, no 2º Tribunal do Júri, e será presidida pelo juiz Lourival Machado da Costa. Conforme consta no processo, o crime aconteceu no dia 20 de novembro de 2011 na Zona Industrial Pedro Abrão. A vítima foi atacada a facadas, teve uma degola parcial, e não resistiu aos ferimentos.
De acordo com a pronúncia sobre o júri popular feita em agosto de 2015 pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, Tiago teve contato com o local em que a vítima costumava trabalhar dias antes, pois cobriu uma folga.
Pouco depois, ele voltou e cometeu o crime. Por isso, ele vai responder pela acusação de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, recurso que impediu a defesa da vítima.
Para tanto, Jesseir Coelho considerou os laudos apresentados além dos depoimentos prestados por Tiago diante da autoridade policial. Quando interrogado, o vigilante confessou que trabalhou na mesma empresa que a vítima e que lá conheceu Aleandro. Ele ainda confessou tê-lo matado a golpes de faca no pescoço, em seu posto de trabalho.
Posteriormente, em novo interrogatório, Tiago disse que no dia ingeriu bebidas alcoólicas e que portava uma faca. Porém, estava bastante embriagado e não se recordava do momento em que cometeu o crime. Em juízo, o vigilante alegou que foi induzido a confessar diversos crimes e que este pode ser um deles. No entanto, o magistrado entendeu que havia indícios suficientes de autoria.
O G1 não conseguiu contato com os advogados de defesa do vigilante até a publicação desta reportagem.
Condenações
Tiago Henrique ficou conhecido como o serial killer de Goiânia por ser apontado como responsável por mais de 30 assassinatos na capital. Na última quinta-feira (15) teve sua 14ª condenação por homicídio. Somadas, as penas pelos crimes ultrapassam 300 anos de prisão.
Preso desde outubro de 2014, em Aparecida de Goiânia, o vigilante também já cumpre pena por roubo e porte ilegal de arma.
A Justiça também já condenou o réu a 12 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por ter assaltado duas vezes a mesma agência lotérica do Setor Central, na capital goiana. Juntas, as penas do vigilante somam 343 anos e 10 meses.
G1