O Aedes egypti transmite dengue, zika e chikungunya, no momento, no Brasil. É preto com listras brancas, que na verdade são escamas, e dispõe de um desenho no tórax que lembra uma lira (instrumento musical). Voa baixo e por isso costuma picar pés e tornozelos, principalmente no início da manhã e final da tarde, quando a temperatura está mais amena. Próprio de áreas tropicais, não resiste a baixas temperaturas. Sua principal fonte de alimentação é o sangue humano. É um mosquito urbano que se prolifera em áreas com grande continente populacional.
O Aedes albopictus não transmite doenças no Brasil, até o momento. Estudos comprovaram que a espécie carrega o vírus da febre amarela, mas não tem capacidade de transmiti-la. O mosquito também tem potencial para transmitir dengue, zika e chikungunya. Na Ásia e na América do Norte, ele transmite essas doenças. Ele está distribuído em áreas rurais da grande maioria dos Estados brasileiros. Apresenta o mesmo hábito alimentar do primo, Aedes egypti, com maior atividade no início da manhã e no final da tarde. A diferença é que não se alimenta preferencialmente de sangue humano, mas do animal que encontrar pela frente.
O Sabethes, junto ao Haemagogus, é o principal transmissor da febre amarela atualmente no Brasil. É um mosquito silvestre, que vive em região de mata e costuma ficar na copa das árvores – por essa razão, pica preferencialmente macacos. Coloca seus ovos no oco das árvores. É diurno, picando do meio-dia até o pôr do sol. Chama a atenção pelo colorido metalizado, com tons de violeta, roxo, azul e verde.
Os flebotomíneos, popularmente chamados de mosquito-palha, cangalhinha e birigui, transmitem a leishmaniose. São pequenos, de cor clara e pousam de asas abertas. Têm hábitos noturnos. A transmissão da doença ocorre quando fêmeas do mosquito picam uma pessoa ou um animal infectado, como cães, gatos e cavalos, e picam alguém saudável, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi.
Os Anopheles transmitem a malária. A doença é transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Esses mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. Também podem picar durante a noite, mas em menor quantidade. É frequente na região amazônica. Apenas as fêmeas transmitem a malária. Elas precisam de sangue para o desenvolvimento de seus ovos. Os machos se alimentam apenas de substâncias com açúcar, como néctar e seivas de plantas.
O Culex quinquefasciatus é o pernilongo comum. Não é um grande transmissor de doenças, mas seu potencial para isso ainda está sendo investigado. No ano passado, a Fiocruz realizou um estudo em Recife, área de incidência da zika, e constatou que o Culex também tinha capacidade de transmitir a doença. Nessa mesma região, o pernilongo transmite o parasita que causa a elefantíase, única área do Brasil endêmica para essa doença. Ele tem hábitos noturnos, se reproduz em águas poluídas e está presente no meio urbano de regiões tropicais, subtropicais e temperadas do mundo.
R7