** Terceiro prognóstico para 2022 indica que a Bahia deverá apresentar aumento na produção de algodão herbáceo (+2,5%), feijão 1ª (+36,9%) e 2ª safras (+14,1%) e milho 1ª safra (+10,5%);
** Por outro lado, a soja, principal produto agrícola do estado, tem previsão de redução na safra, no próximo ano (-1,5%);
** No Brasil, o terceiro prognóstico indica que, em 2022, deverá haver aumento de 9,4% em relação à safra de grãos de 2021, chegando ao recorde de 277,1 milhões de toneladas;
** Entre novembro e dezembro, a estimativa para a safra baiana de grãos em 2021 cresceu 0,5%, chegando em 10.504.382 toneladas, mantendo o recorde histórico para o estado, 4,4% superior à de 2020;
** Em novembro, foi mantida a estimativa de que, dentre todas as 26 safras investigadas no estado, 16 tenham aumento em 2021 frente ao colhido em 2020.
O terceiro prognóstico para a safra 2022 de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) prevê que, na Bahia, três importantes produtos agrícolas terão aumento de produção no próximo ano: algodão, feijão e milho.
Entre 2021 e 2022, a produção baiana de algodão herbáceo deverá crescer 2,5%, passando de 1,268 milhão para 1,300 milhão de toneladas.
Porém, apesar do crescimento, houve uma revisão para baixo frente a previsão do segundo prognóstico, divulgado em dezembro, que previa uma safra de 1,330 milhão de toneladas (-2,3%).
De qualquer forma, esse crescimento frente a safra 2021 deverá ser dar apenas pelo aumento de 3,7% na área plantada (que deverá chegar a 290,3 mil hectares), pois o rendimento médio tem previsão de queda de -5,4% (caindo para 4.477 kg/hectare).
De acordo com esse terceiro prognóstico, no próximo ano, o estado deverá concentrar 21,2% da produção de algodão no país, mantendo-se como o segundo maior produtor, atrás apenas de Mato Grosso.
Já em relação ao feijão, a Bahia deverá apresentar crescimento na produção tanto na 1ª, quanto na 2ª safra. A produção baiana de feijão 1ª safra em 2022 deve ser 36,9% superior à de 2021, passando de 103.000 para 141.038 toneladas, apenas por conta do crescimento do rendimento médio, que deverá chegará a 621 kg/hectare. Já a 2ª safra deverá crescer 14,1%, de 86.200 para 98.340 toneladas.
As previsões de ambas as safras 2022 de feijão se mantiveram estáveis em relação ao 2º prognóstico.
Por sua vez, em 2022, a produção do milho 1ª safra deverá crescer 10,5% no estado, de 1,9 para 2,1 milhões de toneladas. A previsão é que esse aumento ocorra, tanto por conta do crescimento de 7,3% na área plantada (que chega a 440.000 hectares), quanto pelo aumento de 3,0% no rendimento médio (que atinge 4.773 kg/hectare).
Frente ao 2º prognóstico, houve revisão positiva de 7,7% em relação à 1ª safra baiana de milho de 2022.
Por outro lado, o principal produto agrícola do estado, a soja, tem previsão de redução na sua produção em 2022. Segundo esse 3o prognóstico, a produção baiana do grão deverá ser 1,5% menor no próximo ano, caindo de 6,834 milhões para 6,730 milhões de toneladas.
Isso deverá ocorrer por conta da queda de -4,9% no rendimento médio, de 4.020 para 3.824 kg/hectare. A área plantada tem previsão de crescimento de 3,5%, chegando a 1,760 milhão de hectares.
Apesar da redução, houve uma leve revisão positiva de 0,4% frente ao 2º prognóstico, que previa uma safra de 6,700 milhões de toneladas.
O prognóstico para a soja na Bahia é o oposto do nacional, que aponta um crescimento de 2,5% na safra do grão em 2022, chegando ao recorde de 138,2 milhões de toneladas, quase a metade de toda a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas do país.
Em nível nacional, o terceiro prognóstico para a safra 2022 de grãos prevê uma produção recorde de 277,1 milhões de toneladas, 9,4% maior do que a de 2021, estimada em 253,2 milhões.
Estimativa de dezembro para safra baiana de grãos em 2021 é ligeiramente maior que a de novembro (+0,5%) e mantém recorde histórico
A última estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2021 mostrou, em dezembro, um leve crescimento frente a previsão de outubro (+0,5%), o que representa uma produção de 10.504.382 toneladas, frente a 10.454.382 toneladas previstas no mês anterior.
Com isso, a safra de grãos em 2021 segue a maior para a Bahia na série histórica do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo IBGE desde 1972, com um aumento de 4,4% (ou mais 441.137 toneladas) em relação a 2020 (10.063.245 toneladas).
A razão para o aumento da previsão na passagem de novembro para dezembro foi a revisão para cima do milho 2ª safra (mais 50 mil toneladas ou +9,1%).
Em nível nacional, a estimativa de novembro para a safra de grãos 2021 cresceu 0,2% frente à do mês anterior, chegando a 253,2 milhões de toneladas. Porém, este número ainda é 0,4% inferior ao de 2020 (que foi de 254,1 milhões de toneladas).
A Bahia deverá ter, em 2021, a sétima maior produção de grãos do país, respondendo por 4,1% do total nacional. Mato Grosso continua na liderança, com 28,2% do total, seguido por Rio Grande do Sul (14,9%) e Paraná (13,1%).
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
Estimativa em dezembro é que 16 das 26 safras de produtos investigados na Bahia sejam maiores em 2021
Assim como havia ocorrido em novembro, em dezembro a previsão é que, em 2021, 16 das 26 safras de produtos investigadas na Bahia sejam maiores que as de 2020.
As produções com previsão de maior crescimento no estado, em termos absolutos, se mantêm as de soja (+764.000 toneladas ou +12,6%), cana-de-açúcar (+375.000 toneladas ou +7,3%) e milho 1ª safra (+99.800 toneladas ou +5,5%).
Por outro lado, algodão herbáceo (-207 mil toneladas ou -14,0%), milho 2ª safra (-200 mil toneladas ou -25,0%) e mandioca (-101,5 mil toneladas ou -10,5%) lideram as quedas absolutas de produção.