A sintonia entre torcida e José Aldo, conhecido como “campeão do povo”, é impressionante. Porém, neste sábado, no UFC 212, realizado na Arena da Barra, no Rio de Janeiro, o calor dos fãs não foi suficiente. O brasileiro foi derrotado para Max Holloway, por nocaute técnico, no fim do terceiro round.
Ao fim da luta, que vinha sendo equilibrada e franca, Aldo saiu do octógono sem condições de dar entrevista e chorando copiosamente. Com o revés, José Aldo perde o cinturão dos penas, deixando o Brasil apenas com um título – o de Amanda Nunes, dos galos feminino.
A LUTA
José Aldo mostrou que a menor estatura não seria empecilho no combate. Nos primeiros instantes, empurrado pela calorosa torcida, o brasileiro tomou as rédeas do duelo e, sempre que pintava uma brecha, desferia bons golpes no competitivo americano. Um belo chute alto, em tempo, levantou ainda mais o público presente.
No segundo round, Holloway iniciou mais contundente na peleia, embora Aldo tenha dado uma relevante resposta, com uma veloz sequência de socos. A trocação franca, posteriormente, deixou todos apreensivos.
Antes do terceiro assalto, Max resolveu provocar Aldo, ficando sem guarda e abrindo os braços. O manauara não perdoou, acertando um chute rodado antes da sirene soar. Aqui, do meio para o fim, tudo mudou: Max Holloway fez José Aldo penar antes da intervenção do árbitro Big John Mccarthy. Após levar um forte golpe da mão direita do rival, o brasileiro ainda tentou resistir a outros socos, já no chão, chegou a defender uma finalização, mas não por muito tempo. Vitória justa e gigante do estrangeiro, um visitante para lá de indigesto.
A vitória de Max Holloway é a 11ª consecutiva do lutador havaiano, enquanto o revés de José Aldo é o segundo nas últimas três lutas – o último combate foi uma vitória diante de Frankie Edgar, que se deu depois da também traumática derrota contra Conor McGregor.
No co-evento principal, Claudia Gadelha não tomou conhecimento da polonesa Karolina Kowalkiewicz. Com uma performance quase perfeita, a brasileira precisou apenas de 1 minuto e 50 segundos para conseguir encaixar um mata-leão na adversária e vencer mais uma no Ultimate.
O triunfo de Claudinha, que saiu do octógono salientando que está se “reinventando” no esporte, foi histórico e inédito para a lutadora de Mossoró, uma vez que ocorreu antes do terceiro round, ou seja, se deu por via rápida.
Belfort
Muito querido e impulsionado pela torcida carioca, Vitor Belfort era um dos principais nomes do UFC 212, realizado no Rio de Janeiro. E ele fez bonito. Neste sábado, na Arena da Barra, o brasileiro de 40 anos se recuperou de suas últimas três derrotas e, diante do também experiente Nate Marquardt, venceu por decisão unânime.
Ao fim da luta, que se deu praticamente toda em pé, Vitor prometeu que fará mas cinco lutas no Ultimate, levando os fãs à loucura. Por falar no calor das arquibancadas, o grito de “O campeão voltou!” coroou a boa exibição do Fenômeno.
“Sem sacrifício não há glória. Sou muito grato a todos que plantaram algo de positivo em minha vida. Vou dar mais cinco lutas para o UFC. Vocês têm que engolir o Vitor Belfort, vou voltar e me reinventar”, disse Belfort, ainda no octógono.