Quando o assunto é rinoplastia, ou plástica no nariz, a primeira pessoa que vem à mente é a cantora Anitta. Ela mesma já declarou que, depois de tantos procedimentos estéticos, “não tem mais defeitos”. No caso do nariz, a primeira cirurgia foi feita quando ela tinha 18 anos. Mas, segundo afirmação já feita por ela, o procedimento não foi um sucesso e ela decidiu refazer a cirurgia em 2014. Anitta está longe de ser a única famosa a mudar o nariz. Nesta lista também há nomes como Xuxa, Carla Perez, Fernanda Souza e Pablo Vittar. Veja a seguir dicas para não se arrepender do procedimento.
De acordo com o último censo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), divulgado em 2016, foram feitas 78 mil rinoplastias no Brasil, o que representa 5,3% de todas as cirurgias plásticas feitas no país. O nariz da atriz Bruna Marquezine é um dos mais desejados pelas brasileiras. No mundo, a sensação é o nariz da atriz Meghan Markle, futura esposa do príncipe Harry, da Inglaterra.
É comum os pacientes chegarem em um consultório e pedirem um nariz igual a de uma celebridade, mas, segundo os especialistas, nem sempre isso é possível. O cirurgião plástico Jairo Casali, membro da SBCP, explica que a opinião do paciente será levada em conta, mas é preciso respeitar questões como o padrão estético do rosto, a etnia, o gênero e as características da pele para que a o nariz operado fique alinhado e em harmonia com as características da face. Ou seja, o nariz precisa seguir as características do rosto. “Beleza é justamente isso: harmonia e proporção”, destaca o cirurgião.
Quanto à idade ideal para se fazer a cirurgia, é preciso levar em conta, também, a idade de formação completa da face e a maturidade psicológica que o paciente deve ter para enfrentar o processo cirúrgico. Por essa razão, o ideal é operar pacientes a partir da adolescência completa, segundo o cirurgião, a partir dos 16 anos. É preciso autorização dos pais. Não há idade máxima, desde que o paciente tenha condições clínicas de se submeter a uma cirurgia. No caso de pessoas idosas, é preciso levar em conta o fato da pele estar mais flácida e osso nasal mais fino e, por isso, pode quebrar facilmente.
De acordo com o cirurgião, durante a recuperação da cirurgia é comum um certo desconforto respiratório nos primeiros dias, o que é causado pela obstrução nasal provocada pela operação, pelo edema e por uma eventual fratura do osso nasal, necessária em alguns procedimentos. As técnicas se modernizaram e os antigos tampões foram substituídos por uma placa de silicone nas narinas, o que facilita o fluxo de ar e diminui o desconforto. Em poucos dias, o paciente pode fazer atividades leves cotidianas.
A rinoplastia pode deixar cicatrizes, mas elas costumam ser imperceptíveis. Tudo depende da forma como o paciente e o médico decidem fazer o procedimento e do tipo de correção que precisa ser feita no nariz. Algumas pessoas preferem não assumir a cirurgia, mas é preciso levar em conta que as pessoas que fazem parte do convívio próximo podem perceber a mudança. Não é o caso de Pabllo Vittar (foto), que postou nas redes sociais no dia 21 de março que fez cirurgia no nariz. Passou por três procedimentos: correção de desvio de septo, remoção de adenoide e plástica.
Um dos principais receios de quem passa por este tipo de procedimento é que a plástica do nariz cause algum problema respiratório. Sobre isso, o cirurgião Jairo Casali explica que o esperado é que isso não aconteça. “Uma premissa em cirurgia plástica é valorizar, nesta mesma ordem, função, forma e depois estética de qualquer órgão. Para o nariz, isso é ainda mais importante”. As técnicas cirúrgicas modernas foram desenvolvidas com a preocupação de preservar a função respiratória do paciente, para garantir que no futuro o paciente continue respirando bem ou melhore sua queixa respiratória. “Mas há que se fazer uma ressalva importante: há, sim, casos incomuns na qual a evolução não é satisfatória e o paciente precisa passar por uma nova cirurgia”, destaca o médico.
R7