A cinoterapia, técnica terapêutica que utiliza cães na reabilitação de pacientes, está sendo aplicada no setor de geriatria do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo.
Chamado de Projeto de Terapia Assistida por Animais, o trabalho é resultado de uma parceria com o canil da Guarda Civil Metropolitana e foi adotado desde março.
A secretaria informa que o método recorre a animais para ajudar na reabilitação e amenizar o sofrimento de pacientes hospitalizados.
A presença de animais em ambientes hospitalares ocorre há várias décadas no Estados Unidos e foi introduzido no Brasil em 1997.
De acordo com nota da secretaria, os hospitais utilizam cães para esse tipo de técnica terapêutica por serem mais adaptáveis a atividades com o homem. “Além disso, por sua afeição natural pelas pessoas, sua maior interação com os doentes, por motivarem e melhorarem o humor, a saúde e o bem-estar dos pacientes, entre outras características.”
Benefícios físicos e emocionais
As atividades de cinoterapia são realizadas na recepção da enfermaria de geriatria do Hospital do Servidor Público Municipal e o animal é conduzido por um profissional do canil da corporação. O tratamento ocorre a cada 15 dias, às terças-feiras. Em cada ocasião, são visitados cinco pacientes.
“Para o HSPM, a cinoterapia é mais uma terapia que vem trazer benefícios aos pacientes que estão internados. Nossa ideia é ampliar esse projeto para outras clínicas, sendo essa mais uma das ações do programa de Humanização desta instituição”, afirmou Antonio Célio Camargo Moreno, superintendente do hospital, por meio de nota.
A secretaria frisa que os benefícios da cinoterapia estão relacionados a aspectos físicos e emocionais. “Possibilita a mobilização precoce do paciente, facilitando sua saída do leito, seja em cadeiras de rodas, seja com a ajuda de andadores ou de terceiros. Aumenta a comunicação verbal e não-verbal entre os pacientes e os membros da equipe médica, melhora a capacidade de concentração e atenção, encoraja o contato social e as atividades de lazer, aumenta a autoestima, combate a solidão, a ansiedade e a depressão dos pacientes.”
Ainda de acordo com a secretaria, a presença do animal em hospitais ameniza o ambiente e favorece as relações e a comunicação entre familiares e amigos dos doentes, inclusive entre os profissionais de saúde.
R7