Os mercados locais operam sob tensão nesta quinta-feira, 24, diante do potencial impacto dos protestos de caminhoneiros sobre a Petrobras, as contas fiscais do governo e a economia em geral. O mau humor se espalha e está relacionado com a crise dos caminhoneiros e os efeitos sobre a Petrobras, diz Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae. Dólar e juros sobem e o Ibovespa Futuro cai mais de 2%.
O presidente Michel Temer voltou nesta manhã a se reunir com ministros e o presidente da Petrobras, Pedro Parente, após o anúncio na quarta-feira, 23 de corte de 10% no preço do diesel por 15 dias – sem que isso mudasse os rumos dos protestos.
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) informou mais cedo que o movimento de paralisação da categoria só terminará quando a redução de impostos dos combustíveis for publicada no Diário Oficial da União (DOU). Segundo a assessoria de imprensa da entidade, o movimento “não acredita mais nas promessas do governo” e que, por isso, a paralisação só terminará quando a decisão “virar lei”.
Os dirigentes do Fed também apontaram que as expectativas de inflação de longo prazo foram pouco alteradas, embora alguns banqueiros centrais tenham dito que a inflação pode ultrapassar ligeiramente a meta de 2%.
Ao mesmo tempo, o petróleo recua após um aumento inesperado dos estoques da commodity nos EUA, beneficiando o dólar ante moedas ligadas a commodities. Também pesa a informação de que os EUA tem planos de abrir uma investigação sobre importações de carros, numa iniciativa que pode levar Washington a impor novas tarifas e renova temores de que ocorra uma “guerra comercial”.
Às 9h33 desta quinta-feira, o dólar à vista subia 0,57%, aos R$ 3,6445. O dólar futuro para junho avançava 0,43%, aos R$ 3,6450. O Ibovespa Futuro perdia 2,09% neste mesmo horário, aos 79.600 pontos.
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