A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou nesta quinta-feira (9) hoje a criação de uma comissão independente para revisar sua atuação desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus. O anúncio foi feito pelo diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que também convocou os países-membros a fazerem avaliações e auto-críticas em relação ao trabalho feito em nível nacional.
O anúncio surge dois dias depois que os EUA notificaram sua saída do OMS em um prazo de um ano, alegando que a agência foi negligente em relação à pandemia. O presidente norte-americano, Donald Trump, acusa repetidamente a organização de ter atuado em favor da China, diminuindo a responsalidade de Pequim na disseminação do vírus.
A comissão, disse Tedros em uma aparição pública anunciada alguns minutos antes, será presidida pela ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark e pela ex-presidente da Libéria e laureada com o Prêmio Nobel da Paz Ellen Johnson Sirleaf.
“É hora de refletir sobre o que fizemos e procurar novas maneiras de colaborar”, disse Tedros, que propôs uma reunião do Comitê Executivo da OMS em setembro para discutir o progresso inicial do painel.
A investigação independente sobre a resposta da OMS à pandemia do novo coronavírus é uma medida aprovada durante a Assembleia Mundial da Saúde, realizada em maio.
Na reunião anual da agência, nenhum dos 194 estados membros da OMS – incluindo os Estados Unidos – levantou objeções à investigação proposta pela União Europeia em nome de mais de 100 países, incluindo Austrália, China e Japão.
R7