Funcionários da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) estão preocupados com o aumento dos casos de contaminação na empresa pela Covid-19.
O presidente da Associação de Servidores da Conder (Ascon), José Augusto Pinto Azevedo, informa que já são mais de 72 casos de contaminação de funcionários e trabalhadores terceirizados, um continua internado e um óbito.
Na última sexta-feira (26), em reunião de mediação, a Ascon reivindicou que o trabalho fosse realizado em “home office”, o sistema de rodízio semanal e presencial seriam apenas os serviços estritamente essenciais e casos inadiáveis. A direção da Conder deliberou que colocaria 50% dos funcionários em “home office”.
Azevedo denuncia que a Conder não está cumprindo o decreto governamental, nem mesmo a portaria da empresa, que determina aos trabalhadores o não comparecimento nestas segunda e terça-feira (1º e 2/03).
Isso está ocorrendo, principalmente, em dois setores: a presidência continua realizando o atendimento presencial, exigindo o comparecimento de funcionários; e na Diretoria de Infraestrutura e Edificações Públicas (Dinep), onde o ex-diretor José Antonio Lorenzo Oitavén, exonerado pelo governador Rui Costa no dia 26/02, continua dentro da Conder dando ordens e ameaçando de demissão os trabalhadores que não comparecerem.
Quando os funcionários questionam, a direção diz que são ordens do governador. O diretor da Ascon comenta o vídeo divulgado na internet, que mostra Rui Costa emocionado com as mortes por coronavírus que estão ocorrendo no estado, e quer saber se a ordem de trabalho presencial partiu mesmo do governador.