O advogado do atacante Diego Costa, Aurélio Belém, afirmou que apostas feitas pelo jogador, quando ainda estava na Espanha, teriam feito ele ser investigado pela Polícia Federal. Nesta quinta-feira (30), o órgão cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Diego, em Lagarto-SE, com a suspeita de que o atleta seria um dos financiadores do esquema envolvendo uma organização criminosa do site ESPORTENET .
Um dos mandados da “Operação Distração”, como foi nomeada, inclusive, foi cumprido em Salvador. A fala de Aurélio Belém foi registrada em entrevista à TV Globo.
“Essa busca e apreensão que se deu na casa, na residência dele em Lagarto, onde a Polícia Federal foi recebida pelos familiares, ela se deu basicamente porque Diego lá, enquanto cidadão europeu, enquanto residia em Madrid, na Espanha, ele fez apostas legítimas, legais, em jogos. E isso, de alguma forma, foi detectado e virou motivo de apuração”, argumentou o advogado, que ainda alegou que nada foi encontrado na residência do jogador do Atlético-MG.
“(A Polícia Federal) fez a busca no tempo e no modo desejado, sem qualquer interferência, com tranquilidade. Nada levou, nada foi apreendido, nem documento, nem dinheiro. Absolutamente nada. A busca foi infrutífera, no sentido da apreensão. Houve busca, mas não houve apreensão. Nada foi retirado da casa”, contou.
A Polícia Federal não deu detalhes da investigação, mas afirmou que foram apreendidos, em toda a operação, smartphones, equipamentos eletrônicos, documentos, veículos e R$ 628 mil em espécie. Os endereços não foram revelados.
O Galo se pronunciou, em nota oficial, afirmando que “os fatos não dizem respeito ao clube, e são anteriores à chegada do atleta ao Atlético”. De qualquer forma, ressaltou que “está se inteirando do eventual ocorrido para dar, caso seja do interesse do atleta, todo apoio que lhe for necessário”.
Diego Costa deve se apresentar voluntariamente à PF, segundo Aurélio Belém, para prestar depoimento.
“Na verdade, ele quer saber qual é a acusação. De certo modo, ela não existe do ponto de vista jurídico. Não há elementos para essa investigação. Todos nós sabemos que o ônus da prova cabe a quem acusa. Estamos tranquilos em relação a isso”, completou.
Bahia Notícias