Os moradores do bairro do Uruguai, em Salvador, sofrem com alagamentos constantes que ocorrem no local. Eles contam que, independentemente do volume de chuva, o pouco de água que cai já causa alamentos no bairro. A situação se repetiu na noite de segunda-feira (26).
No mês de novembro, os moradores tiveram dificuldade para se deslocar no bairro por conta da grande quantidade de água que se formou no local.
Com a chuva que cai desde domingo (25), o nível da água aumentou, mas os moradores contam que a “lagoa” que se formou na rua é boa parte de esgoto que subiu desde a última quinta-feira (22).
A Secretaria Municipal de Manutenção (Seman) informou que faz serviços com frequência no Uruguai para a desobstrução e limpeza do sistema de drenagem. Informou ainda que, apesar do bairro receber esses serviços, os alagamentos são causados pela estrutura dos terrenos, pois diversas ruas estão localizadas abaixo do nível da maré, e recebem retorno da água pela rede de drenagem.
A pasta disse também que já está sabendo das necessidades de obras que precisam ser feitas no local e que estudos para resolver o problema estão sendo concluídos.
Quando chove no bairro do Uruguai, há acúmulo de água na rua Régis Pacheco, uma das principais do bairro, e o local fica intransitável. Tem motorista que, ao ver quantidade de água, desiste de passar pela rua.
“Não precisa chover muito. Qualquer chuva que passa um pouco do limite é isso aí. A comunidade fica impedida de ir para casa”, disse o motorista Cláudio dos Santos.
Quem mora na Régis Pacheco fica ilhado em dias de chuva, e quando há um temporal, a situação só piora, já que o volume de água aumenta.
Para chegar até em casa os moradores precisam andar pelo canto da rua e os motoristas têm de enfrentar a água, como é o caso do motoboy Diego Souza. “A gente fica com medo de cair em um buraco, mas a gente tem que passar”, contou Diego.
O açougueiro Maurício Alves mora na rua Régis Pacheco há quase 20 anos e conta que o alagamento no local é um problema antigo. Há quatro anos ele foi infectado com leptospirose, doença transmitida através da urina do rato.
“Hoje eu tenho sequelas proveniente desse descaso que está aqui. Não passa nada aqui. É uma água fétida”, disse.
A copeira Maria José Lima conta que é uma das moradoras que fica ilhada quando a rua alaga. “A gente não pode sair, a gente não pode fazer compras. Como é que vou sair com a água desse jeito? Eu moro aqui há 24 anos e esse sofrimento aqui é toda vez que chove”, contou.
G1