Na manhã desta segunda-feira, o Flamengo e o Ministério Público do Trabalho se reuniram, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no centro do Rio de Janeiro, a fim da discussão de um possível bloqueio de R$ 100 milhões do clube, que seriam uma garantia quanto às indenizações das vítimas do incêndio em alojamento no Ninho do Urubu, com dez vítimas fatais e três feridos, no dia 8 de fevereiro deste ano. Não houve acordo na audiência de conciliação.
Como conciliador, o juiz Múcio Borges esteve presente, assim como representantes do Flamengo e do MPT/RJ, que pediu um bloqueio que faria frente a despesas previstas, que envolveriam indenização das famílias das vítimas fatais, danos morais coletivos, despesas do processo, entre outras.
A ação cautelar impetrada na Justiça do Trabalho, em fevereiro, foi encaminhada para tentativa de conciliação no Cejusc-CAP. Cabe destacar que, há cerca de dois meses, têm sido realizadas tratativas de acordo no Centro de Solução de Conflitos do Regional fluminense. Uma nova audiência foi marcada para o dia 29 deste mês, às 14h30 (de Brasília), na qual serão convocados a Defensoria Pública e o Ministério Público Estadual.
– Talvez com a presença desses órgãos, a gente consiga chegar a uma composição, uma vez há várias questões envolvidas no processo. Não é uma negociação fácil, mas estamos otimistas e mantendo nosso esforço em conciliar – assinalou Múcio Borges, coordenador de 1º grau do Cejusc-CAP.
Os acordos até aqui
Até o momento, o Flamengo já chegou a acordos de indenização com as família de todos os sobreviventes da tragédia no Ninho, incluindo os três atletas que ficaram internados após o incêndio: Jhonata Ventura, Cauan Emanuel e Francisco Dyogo.
Das dez vítimas fatais, o clube só finalizou o acordo com as famílias dos garotos Athila Paixão e Gedinho, além do pai de Rykelmo, que tinha os pais separados, e a mãe ainda busca sua parte na Justiça. Ou seja, sete famílias (as de Arthur Vinícius, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Jorge Eduardo, Pablo Henrique, Samuel Thomas e Vitor Isaías), além da mãe do ex-volante Rykelmo, ainda aguardam para fechar um acordo com o Flamengo.
R7