A carcaça da baleia jubarte que morreu após encalhar na última sexta-feira (30), na praia de Coutos, em Salvador, continua no local aguardando retirada. O serviço está previsto para ser concluído ainda nesta semana. Enquanto isso, moradores do bairro aproveitam para pegar pedaços do animal.
A baleia foi encontrada ainda com vida na sexta. Ela era adulta e tinha cerca de 15 metros de comprimento e 39 toneladas.
Na ocasião, diversos moradores estiveram no local para jogar água nela e tentar mantê-la viva. Equipes do Instituto Baleia Jubarte também prestaram atendimento, mas o animal morreu horas depois. Um dia antes, outra jubarte foi encontrada morta na praia de Plataforma, a cerca de oito quilômetros de Coutos.
Equipes da Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb) foram acionadas para fazer a remoção do corpo da baleia logo após a confirmação da morte. Por conta da dimensão do animal, a previsão é de que o trabalho só seja concluído a partir da próxima quarta-feira (4).
Cerca de 44 homens atuam em esquema de revezamento. Apesar do número, o trabalho de retirada é feito aos poucos, por conta do difícil acesso à praia.
Os agentes precisam recortar pedaços da baleia, acomodar em um plástico, que é inçado até a Av. Suburbana. De lá, é levado em caminhões para o Aterro Metropolitano. Até sábado (31), apenas 600 kg da carcaça do animal tinha sido retirado da praia.
Um dos moradores da região conta que tem retirado pedaços de carne da baleia para consumir.
“[peguei] Pra comer, meu amigo. A gente está passando uma crise. A gente está passando muita necessidade”, contou o homem.
Conforme a bióloga Luena Fernandes, do Instituto Baleia Jubarte, a recomendação é que a população não consuma nenhuma parte da baleia para evitar riscos de contaminação.
“A gente recomenda a população que não entre em contato direto com animal, que mantenha distância, muito menos consumi-lá”, pontuou.
Varela Notícias