A Band deve exibir a Copa do Mundo da Rússia, em 2018. A emissora está prestes a assinar um acordo milionário com a Globo (dona dos direitos de transmissão do evento) para contar com o mundial em sua grade no próximo ano.
Mas isso tem um custo. Em todos os sentidos. A Globo quer cerca de US$ 60 milhões pela divisão na TV aberta dos direitos da Copa. Em crise financeira, a Band terá de apertar (ainda mais) o cinto para arcar com os custos de uma transmissão desse tamanho. A produção (locação de equipamentos, envio de equipes) na Rússia é onerosa.
Daí a saída já anunciada do “Pânico” em dezembro. A emissora precisa cortar gastos e poupar investimentos em produção para poder exibir o mundial de futebol.
Além de sacrificar a programação, a transmissão da Copa da Rússia pode ainda comprometer os espaços comerciais da Band.
Segundo fontes do mercado, a ideia da emissora é colocar oito cotas de patrocínio da Copa à venda, por cerca de R$ 25 milhões cada (valor de tabela). As primeiras cotas vendidas teriam o lucro destinado diretamente para a Globo. Assim que pagasse os direitos de exibição, a Band ficaria com o restante.
O problema é que essas cotas oferecem aos anunciantes espaço nos breaks comerciais da Band por quase dois anos. Trata-se de uma tática para tentar fisgar marcas com uma entrega a longo prazo, mas também imobilizando parte da grade comercial.
A direção da emissora está dividida em relação a todos os sacrifícios que serão feitos em nome da exibição da Copa da Rússia.
R7