“O momento para o Brasil ainda é difícil, acompanhamos a política externa, termos nossas preferências, o que acontece lá fora interessa para cada um de nós”, disse em um discurso não muito claro Bolsonaro durante a formatura de 600 novos agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal), em Santa Catarina.
O presidente brasileiro também pregou humildade numa declaração que pode ser interpretada como um conselho a Trump, caso tenha de deixar o cargo.
“Eu não sou a pessoa mais importante do Brasil, assim como Trump não é a mais impotante do mundo, como ele mesmo diz: ‘a pessoa mais importante é Deus’. A humildade tem que se fazer presente entre nós.”
Bolsonaro também falou em dois momentos sobre sua idade. Primeiro, ao dizer aos formandos que queria estar no lugar deles. “Sinal de que seria 30 anos mais jovem, e nessa vida tudo passa muito rápido”, lamentou. Depois, brincou que não aceitaria o desafio de fazer flexões no palco, por que estava ficando velho.
O evento da PFR foi o primeiro encontro do presidente com a governadora interina de Santa Catarina, Daniela Cristina Reinehr (sem partido), que se diz admiradora de de Bolsonaro.
Ela afirmou em seu discurso ser fruto do “milagre” que foi a eleição do atual presidente.
O ministro da Justiça, André Mendonça, declarou que os formandos não deveriam ter feito o curso e que por um milagre estavam participando do evento.
A frase foi uma menção ao fato de que o ex-titular de sua pasta, Sergio Moro, não havia se esforçado para aprovar o concurso, uma situação já algumas vezes lembrada por Bolsonaro.
Mendonça citou uma passagem da Bíblia e orientou os novos policiais a acreditarem em Deus e “nos homens que Ele usa para mudar a história”.
Ele citou o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, e o presidente Bolsonaro como responsáveis por tornar possível o concurso que aprovou 600 candidatos à PRF.
R7