A brasileira Nathalie Moellhausen alcançou um feito inédito aos 33 anos nesta última quinta-feira (18). Ela sagrou-se campeã mundial de esgrima em Budapeste, na Hungria. É a primeira medalha da história do Brasil na modalidade. Na final, ela venceu a chinesa Sheng Lin, por 13 /12.
“A sensação é incrível, uma sensação única no mundo, sobretudo por demorar tanto tempo para voltar desde que mudei para jogar pelo Brasil deixando a Itália. Foi um caminho muito comprido, com muitas batalhas, muitas derrotas, muitos momentos difíceis, mas, como sempre dizia meu pai, “a vitória, quanto mais sofrida, mais curtida é”. Ele tinha razão”, afirmou em entrevista ao site “GloboEsporte.com”. “Dedico essa medalha ao meu pai, que sempre foi o meu maior fã e infelizmente faleceu há um ano. Ele foi a pessoa que me mostrou que tudo é possível nessa vida, basta você sonhar. Quando ele foi embora eu prometi que conquistaria essa medalha e aqui ela está”, completou.
Com a conquista, Nathalie deu um salto no ranking mundial subindo do 22º para o quarto lugar. Antes, sua melhor posição era oitava em 2008/2009. Ela praticamente garantiu vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020.
“Estou perto de acabar a minha carreira, vou concluir nos Jogos de Tóquio. Então, esse foi o meu último Campeonato Mundial”, disse.
Filha de pai alemão e mãe ítalo-brasileira, Nathalie Moellhausen nasceu na Itália, mas decidiu competir pelo Brasil em 2014. Antes, quando disputava pelo país europeu, ela já havia conquistado três medalhas, que foram o ouro no Mundial em 2009 (Turquia) e dois bronzes um individual em 2010 (França) e outro por equipes em 2011 (Itália).
“É a medalha mais importante da minha carteira. Ganhar uma medalha individual não tem como comparar por equipes, a emoção não é a mesma. A esgrima, por mais que tenha equipes, é principalmente um esporte individual. Todos nós sabemos que ganhar uma medalha individual é maior. Conquistei a medalha mais importante da carreira pelo Brasil, foi incrível!”, comentou.
Bahia Notícias