O período das fogueiras, fogos de artifício e bombinhas chegou, e com ele, o alerta redobrado para que os cidadãos evitem acidentes com queimaduras provocados por esses fatores, que contribuem para o crescimento nas ocorrências de acidentes com fogo no período junino.
No Brasil estima-se que a cada ano um milhão de pessoas sejam vítimas de queimaduras, destes, dois terços são crianças. Para o médico Cirurgião Plástico Wolff Hans, todos os fogos de artifício são perigosos, principalmente para as crianças, por isso, que ele recomenda a supervisão constante dos pais com relação aos seus filhos para que não ocorram acidentes. “No que se referem às crianças, os pais nunca devem deixa as mesmas manusearem fogos de artifícios maiores. Em linhas gerais recomenda – se que as crianças usem o chamado de traque de massa, porém sempre com um adulto por perto, pois é muito difícil uma criança querer apenas manusear um traque de massa, elas sempre vão querer fazer uso de bombas, chuvinhas, dentre outros fogos, sendo assim, a supervisão dos pais precisa ser constante”, enfatiza Wolff Hans.
Nessa época do ano, a procura por atendimento de emergência no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Geral do Estado (HGE) referência nacional no tratamento de vítimas de queimaduras – cresce até cerca de 20% se comparado aos outros meses do ano.
Durante a festa, o número de hospitalizações na unidade especializada aumenta em cerca de 30%. “Na verdade nessa época há uma superlotação nos hospitais de Salvador, principalmente no setor de queimado dos hospitais, há uma elevação considerável na demanda devido a falta de atenção, e em sua grande maioria as crianças são as maiores vitimas”, afirma o médico.
O especialista conclui dando dicas para que as pessoas curtam o São João com tranquilidade. “A palavra de ordem é a prevenção. As pessoas precisam ficar atentas, soltarem fogos em locais destinados. Evitar se expor, observar a validade dos fogos de artifícios vendidos e os pais ficarem de olho nas crianças. Tudo isso contribui para que o índice de queimados nas festas juninas seja reduzidos e não precisemos fazer cirurgias plásticas reparadoras devido a queimaduras das festas juninas”.