O resultado da análise de mérito dos projetos inscritos no Edital de Eventos Calendarizados da Secretaria da Cultura da Bahia foi divulgado, tendo sido selecionadas 15 propostas com validade para o próximo triênio (2017-2019). O detalhe é que foi liberada uma suplementação de recursos de pouco mais de R$ 219 mil, anuais, além dos R$ 3 milhões/ano já investidos. A linha de fomento tem o objetivo incentivar a realização de atividades culturais consolidadas, com a formação de um calendário que contemple os diversos segmentos da cultura do Estado.
Os projetos vencedores contarão com o apoio do Fundo de Cultura da Bahia. A análise de mérito foi realizada por uma comissão formada por especialistas nas diversas áreas da cultura e analisou 66 propostas que envolvem iniciativas culturais consolidadas. O teto de investimento é de R$ 300 mil por edição de cada projeto. São considerados eventos calendarizados as iniciativas realizadas por pessoas jurídicas, com temática cultural específica ou diversificada, sob a forma de bienais, colóquios, conferências, painéis, festivais, entre diversos outros formatos com periodicidade anual e duração superior a um dia.
Foram selecionados os projetos: Festival de Jazz do Capão, Festival Internacional da Sanfona, Vivadança Festival Internacional, IX Festival Internacional do Chocolate e do Cacau da Bahia, Festival Internacional dos Artistas de Rua, Panorama Internacional Coisa de Cinema, Fenafits – Festival Nacional de Teatro Infantil de Feira de Santana, Mostra Cinema Conquista, Encontro de Cordas do ICED, Festival de Dança de Itacaré – ano IV, XXVII Cantoria de São Gabriel, IC Encontro de Artes, Fiac Bahia, Semana da Cultura Territorial de Conceição do Coité – Circuito das Artes do Sisal, Filte Bahia 10 anos e Mais – Festival Internacional Latino Americano de Artes Cênicas da Bahia.
Os proponentes agora terão que apresentar a documentação necessária para o conveniamento. Presidente da Comissão de Mérito, o superintendente de Promoção Cultural da SecultBA, Alexandre Simões, disse que os projetos inscritos mantiveram o nível de qualidade da edição do triênio anterior (2012-2015), que foi prorrogada até 2016. “Esse é um dos editais mais representativos do Fundo de Cultura, pois permite a formação de um calendário cultural anual diversificado, garantindo aos realizadores estabilidade e possibilidade de planejar com tranqüilidade as edições, o que fortalece os empreendimentos e garante ao Estado maior visibilidade”.
Atualmente, 11 projetos são beneficiados com o edital e é consenso entre os agentes a importância desta linha de fomento para a realização dos eventos e organização das agendas. A gestora cultural e titular do Conselho de Cultura da Bahia, Ana Vaneska, fez parte da Comissão Temática e acredita que o edital auxilia na consolidação de um calendário artístico-cultural para o Estado. “É uma linha de fomento bastante importante, pois garante o oxigênio necessário para que os produtores possam aperfeiçoar seus projetos. O recurso por triênio fortalece as produções e se torna uma ferramenta fundamental para a viabilidade dos mesmos. Além disso, há o incentivo para a valorização de propostas do interior e das periferias, muitas de excelente qualidade nos mais variados gêneros estéticos”, salienta.
Indicado através de consulta pública, o documentarista Elson Rosário, acredita que o edital é uma linha evolutiva no fomento à cultura no Estado, permitindo aos projetos contemplados tranqüilidade de caixa para elaborar sua agenda. “O que observamos é que há um avanço quantitativo e qualitativo nas propostas que já não estão concentradas na Região Metropolitana de Salvador. O edital tem esse objetivo de colocar a Bahia dentro do calendário nacional de eventos culturais, permitindo o intercâmbio e uma programação mais bem elaborada”.
Fizeram parte também da Comissão Temática: Matias Santiago, coreógrafo e professor, diretor de Fomento da Secretaria da Cultura; Fábio Mendes, membro titular dop Conselho de Cultura da Bahia; Luciana Vasconcelos, arquiteta e produtora cultural, representando a diretoria de Economia Criativa da SecultBA e Romualdo Lisboa, dramaturgo, ex-diretor do Teatro Popular de Ilhéus, Chefe de Gabinete da Fundação Cultural do Estado.