O Conselho Deliberativo do Santos aprovou na última segunda-feira (10), o prosseguimento do processo de impeachment contra o presidente José Carlos Peres. Os pareceres analisados foram acolhidos por mais de dois terços dos presentes, como determina o estatuto do clube. O mandatário deixou a Vila Belmiro sem dar declarações, mas promete ingressar na Justiça na tentativa de recorrer a definição do Conselho.
O futuro de Peres será decidido pelos sócios do Santos em assembleia geral ainda a ser marcada. No entanto a tendência é que seja realizada no dia 29 de setembro.
Dois processos de impeachment estão em andamento no Santos. Num deles, Peres é acusado de ser sócio de uma empresa de agenciamento de jogadores, que é proibido pelo estatuto. O parecer foi aprovado por 164 conselheiros, 72 votaram contra, dois anularam o voto e um votou em branco.
O outro processo aponta irregularidade na portaria publicada por Peres definindo que todas as contratações realizadas pelo Peixe deveriam ser determinadas pelo presidente. A medida ignora o Comitê de Gestão, principal órgão administrativo do clube. Esta ação foi a primeira a ser votada e teve confusão. O presidente do Conselho, Marcelo Teixeira, chegou a anunciar a aprovação em 165 votos, 74 contra, dois nulos e um branco. Depois, a defesa de Peres contestou o fato dos membros da Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS), órgão que produz os relatórios, não poderiam ter votado. Segundo Teixeira, os números seguiram os mesmos. E após ouvir a Comissão do Estatuto do Santos, o mandatário do Conselho Deliberativo aprovou o parecer.
Mesmo com o prosseguimento dos processos, José Carlos Peres continua na presidência do Santos até a votação dos sócios. Na assembleia, que definirá o futuro do presidente, a maioria simples vai decidir pela permanência ou queda do cartola. Caso seja destituído, o vice, Orlando Rollo, assume a cadeira presidencial.
Bahia Notícias