O vereador Henrique Carballal (PV) está perto de ser o líder do governo na Câmara Municipal de Salvador (CMS). Ele garante que ainda não teve conversas com a prefeitura sobre o assunto, mas colegas do legislativo já o apontam como o favorito ao posto. No início da sua caminhada no legislativo, no entanto, era impensável o ver nessa situação. Carballal foi eleito pela primeira vez como representante PT em 2008 e fazia ferrenha oposição ao grupo de ACM Neto (DEM), que chegou a prefeitura quatro anos depois. Durante a primeira campanha vitoriosa do democrata, o então petista era cotado para ser presidente da Câmara caso Nelson Pelegrino lograsse êxito na campanha. Acabou frustrado. Em 2013, no início do mandato de Neto na prefeitura, ele colocou sob suspeita o incêndio que destruiu a sede da Secretaria Municipal de Educação. “Não é a primeira vez que, em gestões carlistas, uma secretaria pega fogo depois de denúncias”, disse, em referência a uma investigação do Ministério Público Estadual (MPE) sobre um incêndio na Secretaria Estadual de Educação, que também pegou fogo, anos antes. A situação começou a virar no final de 2014, quando o PT deu início a um processo que culminou na expulsão do vereador em fevereiro do ano seguinte. Ele permaneceu sem partido até setembro, mas já dava indicações de uma nova inclinação política. “Atualmente eu sou do PPN: o Partido do Prefeito Neto”, declarou um mês depois da sua expulsão do PT . Desde então ele passou a compor a base do governo e a partir de fevereiro pode ser o líder da bancada. Em entrevista ao Bahia Notícias nesta quarta-feira (4), no entanto, o vereador disse que ainda não teve conversas para ser o líder da bancada do governo. “Qualquer movimentação partidária ou política nessa direção é equivocada. Esse cargo é exclusivo do prefeito. É um cargo pessoal, não tem conchavo político para a indicação. O líder do governo vai ter a pessoa que vai conduzir dentro da Câmara os interesses dele [prefeito]”, explicou.