Se manter no mercado de trabalho em 2020 tem sido árduo para os brasileiros. Com a paralisação do comércio e o fechamento de mais de 7 milhões de estabelecimentos, a taxa de desempregados chegou a atingir 13,3% no último trimestre, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Apesar da alta do desemprego incidir sobre todos os cidadãos, a categoria que mais registra desligamentos continua sendo a de “trabalhadores idosos”, conforme registros de junho desse ano.
Traçando uma linha no tempo, a PNAD Contínua constatou em 2014 um aumento de 132% na taxa de idosos desempregados — população acima de 59 anos. Após dois anos, a pesquisa registrou alta de 44% no índice variável da categoria. No ano de 2020, diante da pandemia do coronavírus (COVID-19), o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) identificou no primeiro semestre um crescimento de 25% no número de demissões entre profissionais mais velhos.
Embora os anos de serviço façam a diferença nas reuniões com o RH, nem mesmo carregar uma vasta bagagem de experiências está salvando a permanência — ou contratação — de trabalhadores idosos. Segundo o empresário baiano Carlos Lopes, 61, a discriminação no âmbito do trabalho tem distanciado cada vez mais uma mão de obra saudável e qualificada do mercado de trabalho.
“Me entristece saber que as oportunidades são reduzidas para profissionais da minha faixa etária. Na condição de empresário, sei reconhecer o valor que esses funcionários têm em qualificação, relacionamento com clientes, experiência para treinar funcionários mais novos e tomar decisões na falta de um líder”, explica.
Experiente, Carlos conta que já teve passagens em mercados, polo petroquímico, “bomboniere”, depósito de bebidas, discoteca, loja de material de construção, corretor de imóveis e espaço de eventos. Para o empresário, sua trajetória no mercado desde o final dos anos 70 trouxe qualidades características de trabalhadores da sua idade e que devem ser aproveitadas pelo mercado.
Segundo o profissional, a falta de investimento na qualificação de trabalhadores mais velhos leva o Brasil a perder mão de obra qualificada aos milhares todos os anos. Para ilustrar a queda no número de empregados idosos, Carlos explica que mais de 750 mil idosos foram dispensados ou pediram desligamento no primeiro semestre de 2020, diminuindo o potencial de renda e serviços. “Além de contribuir para o aumento da taxa de desemprego no país, a economia também é afetada, aumentando o indicador de famílias com renda baixa no país”, elucida.
Lutando pela geração de emprego através de ações em conjunto com a cidade, Carlos está lançando sua pré-candidatura a vereador na Câmara Municipal de Salvador, tendo em vista o mal aproveitamento da categoria para diversos setores da sociedade. O empresário explica que a prefeitura tem a obrigação de realizar ações que gerem empregos para os menos favorecidos na cidade.
“A cidade poderia estar contribuindo para gerar renda, oferecendo cursos profissionalizantes para pessoas que não estão conseguindo trabalho, fazendo investimentos na economia criativa, preparando e incentivando jovens a empreender. O que se vê é bem diferente”, conclui.
Para mais informações sobre geração de oportunidade e renda, acesse a página do Instagram @carlosaa_lopes, entre em contato através do WhatsApp 71 98885–3464 ou e-mail carlosaalopes@hotmail.com.