Treinador era questionado por escalações e inércia no comando da equipe em campo, que levaram tricolor à incômoda posição de “porteiro da zona de rebaixamento”
Apesar de a diretoria da SAF do Bahia e os capitães da equipe, Kanu e Thaciano, terem se posicionado contra sua decisão, o técnico Renato Paiva pediu demissão na noite desta quarta-feira e não comandará mais a equipe. O anúncio feiro pelo Bahia surpreendeu, uma vez que Renato Paiva, primeiro técnico contratado pelo clube desde o fechamento da parceria com o Grupo City, possui diversas passagens por equipes ao redor do mundo, entre eles o Manchester City.
A decisão de interromper o trabalho que durava nove meses partiu do próprio treinador e foi uma consequência dos últimos acontecimentos dentro e fora de campo. Ele justificou a escolha como algo que faria bem para o clube no futuro, um reflexo dos últimos dias tumultuados no cargo.
Há semanas, Renato Paiva tem uma relação estremecida com a torcida, por conta de declarações em entrevistas coletivas, após jogos do Bahia no Campeonato Brasileiro. A principal torcida organizada do clube, inclusive, chegou a publicar uma montagem com o rosto do treinador e orelhas de burro, em forma de protesto pelas escalações e resultados da equipe na temporada.
No Bahia, conquistou o título baiano deste ano e levou o time às quartas de final da Copa do Brasil, o que não acontecia desde 2019. O treinador deixa o clube na 16ª colocação do Campeonato Brasileiro.
Via nota, Renato Paiva disse que “o Bahia é um clube apaixonante, de uma torcida gigante e acalorada. Mas que também passa do ponto como qualquer outra. No futebol, somos passíveis a elogios e a críticas, o que é normal, faz parte do jogo. O que não admito é faltar com o respeito com o ser humano. Infelizmente, tivemos que montar o elenco com as competições em andamento, mais de 20 reforços chegaram durante a temporada, e não é do dia para o outro que um grande time se forma. É preciso tempo. Mas o que levarei daqui são os momentos felizes que vivi diariamente com um grupo de jogadores fantástico, que sempre me apoiou e esteve ao meu lado. Serei mais um torcedor deles. Agradeço pela oportunidade que o Grupo City me deu de comandar uma das camisas mais pesadas do futebol brasileiro”
(Informações de O Globo)
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