Boa parte deste levantamento pode ser feita de casa ou do smartphone. Informações sobre consumo e revisões estão disponíveis na internet ou em aplicativos para celular. Desempenho dos modelos e reputação da marca também estão acessíveis nas avaliações e reportagens do WM1 e em sites de defesa do consumidor.
É fundamental somar todos os custos e considerar o impacto dentro do orçamento. O professor de Finanças e coordenador do Curso de Administração do Ibmec-RJ, Samuel Barros, ressalta que um carro econômico deve representar gasto (sem contar o combustível) de 12,5% do valor do veículo por ano.
“O consumidor tem que ficar bem atento, pois, às vezes, o carro é ‘barato’ na compra e muito ‘caro’ na manutenção. Ele deve lembrar que carros antigos pedem mais manutenção que carros novos, normalmente”, diz. Veja como economizar com o carro e o que ponderar na compra do veículo.
Manutenção
Talvez seja o ponto mais importante a se considerar após a compra do veículo. Pesquise nas concessionárias ou no mercado de reposição o custo de peças que requerem mais trocas, como filtros de óleo e ar, pastilhas e discos de freio, pneus, correias e correntes, velas e amortecedores e outros componentes da suspensão.
Observe qual tipo de óleo o carro usa e o seu custo. Jamais use produto fora das especificações determinadas pelo fabricante, pois isso compromete a vida útil do motor. Leia reportagens a respeito dos carros e sobre as marcas. Muitos fabricantes têm fama de pós-venda complicado e com peças difíceis de achar e com reposição demorada.
A propósito, a manutenção preventiva e o uso de componentes de marcas renomadas pode até parecer mais cara. Mas minimizam problemas futuros que vão cobrar uma conta mais salgada. E inconvenientes, como ficar com o automóvel parado no meio de uma viagem.
Peças externas
Pesquise itens externos mais vulneráveis a avarias, como faróis, lanternas e retrovisores. Geralmente no segmento de entrada e compactos, são componentes de baixo custo. Mas, conforme o modelo, o conjunto de farol de um SUV compacto pode custar mais de R$ 2.500. E tem muito kit de retrovisor de sedã que passa dos R$ 1.500.
Outra fonte interessante é o Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil), que elabora o Car Group, índice de reparabilidade dos veículos – que serve de parâmetro para as companhias de seguro e para o mercado de reposição. Há tabelas comparativas e é possível verificar se um automóvel é mais caro de reparar e manter do que outro.
Revisões
Em seus sites, a maioria das marcas já divulga e agenda as visitas com preço fixo e com a relação do que será verificado e trocado. Se o seu seminovo tem pouco uso ou você comprou carro 0 km, lembre-se que fazer as revisões nas concessionárias é condição para ter o veículo coberto pela garantia de fábrica.
Basta ir no portal da montadora na internet, escolher o modelo e selecionar a quilometragem das revisões que precisam ser feitas. Muitos fabricantes ainda têm tabela de revisões após os 60.000 km, como Chevrolet, Ford, Renault e Volkswagen.
Se o seu carro já passou da garantia e você prefere o mecânico de confiança, converse com ele. Pergunte ao profissional como é a manutenção dos modelos da sua pesquisa, a facilidade em encontrar peças e o custo médio de revisões na oficina independente. Fale também com outros donos e pesquise em fóruns na internet.
Consumo
Você pode conferir o consumo e o índice de eficiência dos carros como se comprasse uma geladeira. Os adesivos estão disponíveis nos carros 0 km e fazem parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, mas também podem ser conferidos no site ou no aplicativo para smartphone do Conpet.
Índice verdinho significa que o carro bebe pouco. Basta selecionar o carro e o ano para se ter informações das médias de consumo na cidade e na estrada – carros flex trazem as informações com etanol e com gasolina -, as notas de classificação de E (menos eficiente) a A (mais eficiente) na comparação na categoria e no geral, além do selo (ou não) de eficiência energética.
R7