Duas pessoas morreram no Estado de São Paulo em decorrência de febre amarela silvestre, em 2016. Um deles na cidade de Ribeirão Preto, que aconteceu em dezembro, e outro no município de Bady Bassitt, região de São José do Rio Preto, no primeiro semestre. Após o óbito recente, o Ministério da Saúde reforçou a importância da vacinação contra a doença.
A febre amarela é uma doença infecciosa transmitida por meio da picada de mosquitos infectados, podendo afetar humanos e animais, como primatas. Há duas formas distintas: silvestre e urbana, sendo a última a mais grave em aspectos clínicos e de disseminação.
Os principais sintomas são febre, calafrios, dor de cabeça, dores no corpo, fadiga, náuseas e vômitos. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20-50% das pessoas que desenvolvem doença grave, podendo levar à morte.
Às pessoas que identifiquem alguns destes sinais, o Ministério da Saúde recomenda procurar um médico na unidade de saúde mais próxima e informar sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas. Essa orientação é importante, principalmente, àqueles que realizaram atividades em áreas rurais, silvestres ou de mata como pescaria, acampamentos, passeios ecológicos, visitação em rios, cachoeiras ou mesmo durante atividade de trabalho em ambientes silvestres.
Quem deve tomar a vacina?
Segundo o Ministério da Saúde, toda pessoa que reside ou vai viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata deve se imunizar. A doença tem maior número de casos nos meses de dezembro a maio e a transmissão é considerada possível em grande parte do Brasil.
A vacina é altamente eficaz e segura para o uso, a partir dos nove meses de idade, em residentes e viajantes a áreas endêmicas ou, a partir de seis meses de idade, em situações de surto da doença. Todos os estados, nas UBS (Unidades Básicas de Saúde), estão abastecidos com a vacina contra febre amarela e o país tem estoque suficiente para atender toda a população nas situações recomendada.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como pode haver queda na imunidade com o tempo de vacinação, o Ministério da Saúde definiu a manutenção de duas doses da vacina febre amarela no Calendário Nacional, sendo o esquema vacinal uma dose aos noves meses de idade com reforço aos quatro anos. Para pessoas de 2 a 59 anos, a recomendação é de duas doses
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