Temas bastante espinhosos como imigração, aborto, protestos estudantis, guerras e processos judiciais se embolam na disputa eleitoral americana e confundem o eleitor indeciso. Ora favorecem ora complicam as campanhas de Joe Biden e Donald Trump nos seis meses que faltam para as eleições presidenciais.
Ambos estão praticamente empatados nas pesquisas nacionais, com diferença de 1.5 ponto percentual para o republicano, segundo a média obtida pelo site Real Clear Politics. Mas nos EUA a eleição é conquistada no Colégio Eleitoral, e Trump lidera, com variações entre 1 e 5.4 pontos percentuais, a corrida nos sete estados indefinidos, que funcionam como campos de batalha na corrida: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.
Por isso, segurem as expectativas para as surpresas que surgirão até 5 de novembro, quando o atual presidente e seu antecessor se enfrentarão nas urnas para a tão esperada revanche da última disputa. A diferença é que Trump se apresenta como mais radical e virulento em relação a 2020, tem quatro julgamentos nas costas e 88 acusações criminais.
O panorama é incerto, dado que a percepção dos eleitores variou muito nos últimos quatro anos. Trump deixou o cargo com apenas 29% de aprovação, associado diretamente à invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, com sua obcecada narrativa de fraude eleitoral, que persiste até hoje. Uma pesquisa recente da CNN revelou, contudo, que agora 55% dos entrevistados consideram seu mandato um sucesso, em comparação aos 39% atribuídos a Biden.