A Polícia Civil de São Paulo encontrou, escondida em uma casa no Grajaú, no extremo-sul da capital paulista, na quarta-feira (2), uma quantidade de materiais explosivos, munições para armas de grosso calibre e outros itens que reforçam a suspeita da participação de um homem de 26 anos, morador do local, no assalto a uma agência bancária em Criciúma (SC), ocorrido no início da semana, que levou pânico à população local.
O suspeito não estava na residência — e continuava foragido até o fechamento desta reportagem —, mas a mulher dele, uma auxiliar de limpeza de 31 anos, foi detida por suspeita de envolvimento com a quadrilha.
O delegado Luis Felipe Fuentes, diretor do Deic-SC (Diretoria Estadual de Investigações Criminais de Santa Catarina) confirmou o recebimento da informação da prisão, mas não a participação da mulher ou do seu companheiro no ataque. “Isso vai depender do andamento das investigações”, disse.
Os investigadores paulistas haviam recebido a informação sobre um morador de uma residência que estaria envolvido no crime. Em uma operção de busca e apreensão na casa em que o casal suspeito residia com um filho, eles descobriram armamento pesado (fuzil e escopetas), munições para calibres 7.62 e 9 mm, além de espoletas para a detonação de explosivos.
Também foram apreendidos sacos de campanha, uma bolsa de zíper que aparentava ser um porta-fuzil, malas de viagem, aparelhos celulares, um componente eletrônico que parecia ser um leitor de cartão magnético, um rádio-transmissor, carregadores de rádio-comunicador eum detector de câmeras e escutas.
Por fim, conforme o boletim de ocorrência registrado no 25º DP (Parelheiros), a polícia também recolheu na residência seis tabletes de cocaína, duas identidades com datas de expedição diferentes, ambas em nome do homem supeito, e um carro.
Segundo fontes ouvidas pelo R7, equipes do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de São Paulo, grupo de elite da Polícia Civil estadual e especializada em investigar o crime organizado, atuam em conjunto com os policiais catarinenses na busca pelos assaltantes de bancos.
Em Santa Catarina, as forças de segurança pública atuam em conjunto em uma grande operação para prender todos os integrantes do grupo criminoso e o governador Carlos Moisés (PSL) disse confiar no histórico bem-sucedido de resolução deste tipo de crime.
“Não estamos medindo esforços para uma resposta rápida a este triste episódio. Neste ano, diminuímos em 54% esse tipo de ação violenta contra as instituições financeiras, em relação a 2019”, enfatizou Carlos Moisés.
O estado catarinense também recebeu apoio do governo federal nas ações, por intermédio do Ministério da Justiça e da Secretaria Nacional de Segurança Pública. “Todo o Brasil tem seu olhar voltado para Santa Catarina, porque nossos números não combinam com o episódio dessa madrugada”, finalizou o governador.
R7