Uma idosa de 68 anos está internada há 11 dias na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Cabula, em Salvador, à espera de transferência para um hospital com unidade neurológica. A família conta que um médico avaliou que a idosa está com sintomas de um Acidente Vascular Cerebral.
A idosa é a Joélia Lopes. A filha da idosa, Josiane Lopes Santos, conta que a mãe passou mal no dia 26 de outubro. Com fraqueza nas pernas e tontura, a idosa não conseguia mais se comunicar e nem enxergar. Então, a família levou ela para a UPA.
“Chegando na UPA, ela foi imediatamente atendida, recebeu os primeiros atendimentos. Foi levada para a sala vermelha e, de acordo com os sintomas, o médico nos informou que provavelmente ela teve um AVC”, contou Josiane.
Segundo a família, Joélia foi colocada na lista da regulação, por causa da necessidade do atendimento especializado para confirmar se ela sofreu um AVC, e enfim receber o tratamento necessário. Até a publicação desta reportagem, nesta sexta-feira (6), a idosa seguia internada na UPA.
“Ela ainda não foi transferida para um hospital que tenha a especialidade e o tratamento do qual ela necessita”, disse Josiane.
O médico neurologista Mateus do Rosário explicou que o diagnóstico e tratamento do AVC devem ser imediatos. Segundo ele, quanto mais tempo o paciente demora sem tratamento adequado, maiores os riscos de sequelas e até de morrer.
“Com o diagnóstico adequado e rápido, principalmente, permite um tratamento que consegue resolver o quadro, melhorar o quadro. Tirar a incapacidade desse paciente de morrer”, explicou.
Por meio de nota, a Central Estadual de Regulação informou que está em busca de um leito disponível na rede SUS para atender a necessidade de Joélia. Sem uma definição, a filha da idosa segue preocupada com o estado de saúde da mãe.
“Eu, como filha, fico aqui preocupada. Me sinto impotente diante desse sistema de regulação tão demorado, que não encaminha com urgência os pacientes que necessitam de cuidados específicos, que é o caso da minha mãe. Ela está com os sintomas do AVC, então ela precisa de um hospital que tenha um neurologista e todos os recursos necessários para ela se recuperar”,
Também em nota, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) disse que não pode precisar quando essa vaga vai surgir e reafirmou que segue tentando encontrar um leito especializado.
G1