Michele Morrone, ator de 365 Dias e dono do álbum Dark Room, revelou que faria uma parceria musical com Anitta. Durante bate-papo por vídeo com o R7, o artista também comentou sobre o Brasil, família, pandemia da covid-19, filme Duetto e o disco de estreia.
Ao ser questionado sobre qual cantor ou cantora brasileira Morrone faria uma colaboração, ele destacou o trabalho da funkeira.
“Eu comecei a escutar algumas músicas brasileiras e gostei muito [do estilo], porque são músicas que ficam na cabeça. Eu me tornei um grande fã de Anitta. Ela é uma ótima artista! Existem muitos outros artistas [que são muito bons também]”, contou Morrone. Ele e a dona de Combatchy, inclusive, protagonizaram certa polêmica em agosto após o astro esnobar a cantora nas redes sociais quando ela viajava pela Itália.
Contudo, Anitta não foi o primeiro contato que Morrone teve com o Brasil. Em 2019, ele morou em Copacabana, no Rio de Janeiro, por um mês.
“Foi maravilhoso! Eu tive uma das experiências mais bonitas da minha vida no Brasil”, entregou o artista, deslumbrado. “Na época, eu podia andar nas ruas e tudo mais. Vai ser um pouco mais difícil agora (risos)”, brincou Morrone.
O cantor de Dark Room ainda disse que ficou impressionado com alguns costumes que viu no Rio de Janeiro: “Uma coisa que me impressionou muito no Brasil é que, quando o sol se põe, as pessoas vão para a praia e batem palma. Eles agradecem por estarem aqui! Isso foi tão impressionante para mim, tão puro e natural”.
O motivo da vinda de Morrone para o Brasil se deu devido a um trabalho: ele gravou o longa Duetto ao lado de Giancarlo Giannini, Marieta Severo, Luiza Arraes, Rodrigo Lombardi.
“O filme não estreou ainda, e eu não sei por quê (risos)”, declarou.
A reportagem procurou a produção da obra e conseguiu contato com a roteirista e produtora do filme, Rita Buzzar, que também foi quem descobriu e selecionou Morrone para o papel em Duetto. Ao R7, ela afirmou que o longa deveria estrear no começo de 2021, mas teve de ser adiado devido à pandemia da covid-19. O lançamento do filme está previsto para o fim do primeiro semestre de 2021 e o começo do segundo.
“No filme, o Morrone faz esse personagem, Marcello Bianchini, que é um cantor e compositor italiano durante a década de 1960, que a personagem da Luiza Arraes encontra em um momento na praia. Ela tem 18 anos na obra, está bastante perturbada por problemas de família e tem um momento mágico com esse cara, que seria muito conhecido, como o Michele é hoje em dia”, entregou Rita Buzzar.
A produtora ainda afirmou, com exclusividade ao R7, que Morrone gravou três músicas para Duetto. As canções, que devem ser lançadas junto ao filme, chamam-se Magari, Il Paradiso e Ritorna. As composições são de Rita, Ed Marsen e Gale Fernandez.
“O mais interessante é que ele só foi chamado para fazer 365 Dias porque descobriram que ele cantava depois que filmou Duetto“, contou Rita.
A roteirista, que escreveu a obra ao lado de João Segall, também destacou a gentileza de Morrone no set de filmagem. “Eu já tinha visto que ele tinha um brilho, uma bondade. Ele é uma daquelas pessoas felizes, sabe? Me chamou atenção [durante a seleção de atores]”, relatou.
Além disso, Rita Buzzar também disse que Morrone “gostava muito de andar” pela cidade e o ator e parte da equipe costumavam sair para conhecer o Rio de Janeiro.
Já Morrone fez questão de destacar a culinária do país: “Eu amo o Brasil! E eu amo picanha! Eu voltei para Itália e tinha ganhado uns quilos a mais depois que voltei daí (risos). Mas é impossível não comer no Brasil, porque a comida é muito boa!”.
As cenas de Duetto foram gravadas em alguns locais no Rio, além das cidades Monopoli e Polignano al Mare, da região italiana de Apúlia. A direção é de Vicente Amorim.
Morrone entregou que adoraria abrir a turnê de Dark Room, que foi lançado no início de 2020, no Brasil — os shows foram adiados devido à pandemia do novo coronavírus. Neste domingo (20), o artista lança o clipe da música Dad, faixa favorita dele.
“A que mais demorei para terminar foi Dad, que também é a minha música favorita do álbum. É uma música que, na verdade, fala mesmo sobre o meu pai. Ao falar de música e melodia, não foi tão difícil de trabalhar na faixa. Mas, por ser uma conversa entre nós dois e, além disso, por ter escrito pensando no ponto de vista dele enquanto falava comigo, foi difícil. Então, me custou um pouco mais de tempo”, revelou.
A relação que Morrone tem com a paternidade mudou depois que ele teve os dois filhos, Marcos e Brando: “Quando somos crianças, a gente não entende direito um ‘não’ de nossos pais. A gente fica questionando ‘por que não?’. Meu pai, no caso, não era o tipo de cara que explicava o porquê. Era tipo ‘não é não e é isso, nem pergunte’. Uma vez que você cresce, você entende o que motivou seus pais e também entende o porquê do não ser positivo para uma criança. Eu não acredito muito naqueles pais que sempre dizem ‘sim’ para seus filhos só para agradá-los”.
Devido à pandemia da covid-19 e ao trabalho intenso de Morrone, ele não pode estar junto aos filhos e à família, de quem se diz muito próximo. Ainda assim, ele garantiu que daria tudo para estar perto deles.
R7