Tatuagens são verdadeiras obras de arte e muita gente tem dúvidas sobre fazer ou não um desenho na pele. Aliás, estão sempre se espalhando mitos sobre as tattoos e, por isso, o Virgula foi atrás de esclarecer algumas coisinhas que andam falando por aí sobre o tema.
Segundo o estúdio Tattoo You, que é referência na América Latina, muita gente acredita que fazer tatuagens pode trazer riscos para a saúde, porém não é bem assim!
Um estudo realizado na Universidade do Alabama, nos EUA, comprovou que o corpo reage melhor a cada novo desenho realizado na pele. Com a melhora das respostas imunológicas, o organismo fica menos vulnerável a novas infecções, evitando o surgimento de novas doenças. Mas essa regra vale apenas para quem já tem mais de uma tatuagem.
A pesquisa também analisou anticorpos chamados “imunoglobulina A” e “cortisol”, que são hormônios relacionados ao estresse. A partir dessa analise foi notado que os níveis de imunoglobulina caíram a cada nova tatuagem, fortalecendo a proteção do corpo.
Em entrevista exclusiva ao Virgula, a dermatologista Dra. Gabriella Albuquerque, porém, contesta alguns detalhes e explica melhor o assunto. “Na realidade, a tatuagem promove um reação do tipo corpo estranho na pele por conta dos pigmentos da tinta que caiem na derme, local de muitos vasos sanguíneos. Ou seja, ele promove uma reação imunológica de alergia, que pode ser granulomatosa ou liquenoide. Estas reações são, muitas vezes, contidas pelo próprio organismo e não se tornam nocivas. Mas sem nenhuma demonstração científica de que esta seria benéfica para o organismo”, rebate.
“Ao fazer a nossa primeira tatuagem há uma grande tensão em frente ao desconhecido e determinados hormônios irão ser mais liberados, como o cortisol e a imunoglobulina A. A medida que vamos fazendo novas tatuagens ocorre uma maior tranquilidade. Isto porque o evento já não é mais desconhecido e o cérebro já não libera tanto hormônio como aconteceu na primeira aplicação. Mas isto não significa que a cada nova tatuagem teremos maior proteção imunológica ao organismo”, explica.