Um problema mundial que assola tanto os países desenvolvidos quanto os subdesenvolvidos é a quantidade de pessoas em situação de rua. As estimativas dizem que 150 milhões de pessoas ou 2% da população mundial não tem onde morar. No entanto, a Finlândia adotou uma política de Habitação em Primeiro Lugar e agora é o único país da União Europeia onde o número de pessoas desabrigadas está diminuindo.
Desde 2008, quando a política foi adotada, a falta de moradia a longo prazo diminuiu cerca de 40%. No final do ano passado, apenas 4341 pessoas foram tidas como desabrigadas. Em um país com 5,5 milhões de habitantes, isso significa apenas 0,08% da população.
Antes da criação dessa medida, abrigos de curta duração foram construídos, o que não ajudou. As pessoas não conseguiam encontrar emprego porque precisavam de uma residência permanente e ao mesmo tempo não podiam pagar o aluguel porque não tinham emprego e não estavam ganhando dinheiro, tornando a situação um círculo vicioso.
A solução foi adotar uma abordagem diferente e simplesmente dar às pessoas um lugar para morar e um apoio para que possam permanecer. Não há requisitos ou metas que a pessoa precise cumprir, como ficar sóbrio ou conseguir um emprego.
A ideia por trás do Habitação em Primeiro Lugar é que, para lidar com os problemas que uma pessoa pode ter e que a colocam em risco de ficar sem teto, ela precisa de uma moradia estável. Por exemplo, eles não podem superar seus vícios se forem expulsos de um abrigo a cada nova manhã.
O atual governo se comprometeu a reduzir pela metade a quantidade de habitantes sem moradia até 2023 e zerar completamente esse número até 2027.
Para que tudo isso acontecesse, a Finlândia teve investiu muito dinheiro porque obviamente precisavam de casas. Assim, os apartamentos foram comprados, novos edifícios foram construídos e edifícios antigos foram reaproveitados e renovados. Evidências coletadas até então mostram que esses investimentos compensam tanto pelo bem estar social, quanto pelo econômico.
R7