Instalada pela Defesa Civil de Salvador (Codesal), a geomanta possui área de 1.342,65 metros quadrados. Para a intervenção, a Prefeitura investiu o montante de R$185.782,48. ACM Neto lembrou que 2020 foi o ano mais chuvoso das últimas três décadas, superando 2015, quando a capital baiana passou tragédias em função de deslizamentos.
“Protegemos quase 300 encostas e mudamos o comportamento da cidade com relação às chuvas. Hoje, elas vêm em volume recorde, mas encontra uma Salvador muito mais preparada. Isso não quer dizer que eliminamos todas as áreas de risco, ainda há muito a ser feito”, acrescentou o prefeito, ao lado do diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macêdo.
Desde quando foi adotada pela Prefeitura, em 2016, até o momento, a técnica da geomanta – que faz uso de material em PVC e geotêxtil para conter e estabilizar encostas na cidade – já foi aplicada em 195 áreas de risco. O investimento é superior a R$17 milhões.
Medo no passado – A atendente de telemarketing Bárbara Meira, 51, contou que ficava com medo em passar pela Rua Marciano Porcino. “Como um trecho da via passa próximo à encosta, sempre ficava receosa de que tudo visse a desmoronar sobre as casas que ficam na parte de baixo. A Prefeitura olhou para nós e antedeu a um pedido de toda a comunidade”, afirmou.
De acordo com Sosthenes Macêdo, durante toda a época de chuva equipes da Codesal vistoriam localidades com risco de deslizamento de terra. “Nessa região de Boa Vista do Lobato, a população ligava para telefone 199 para que algo fosse feito em relação aos constantes escorregamentos de terra na encosta da Marciano Porcino. Aqui é uma área importante da cidade, mas que conta com problemas históricos, sobretudo por conta de sua topografia”, destacou.